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Em Mateus 1, no versículo de abertura de seu Evangelho, Mateus toca a
nota que há de soar através de toda a sua narrativa, Ele está interessado,
primeira e principalmente, em mostrar que Jesus era o Messias, descendente
direto da casa real de Davi e da posteridade do patriarca Abraão, a quem as
promessas divinas foram primeiro dadas e com quem se pode dizer que a “
história sagrada” tenha começado.
A mente organizada de nosso evangelista, que era
cristão-judeu, familiarizado com os modos de pensar rabínicos, vão a encontrar
simetria no uso de números. Assim sendo, dividiu as gerações de Abraão a Jesus
em três grupos: de Abraão ao estabelecimento do reino sob Davi (vs. 2-6); de
Davi ao fim da monarquia por ocasião da deportação ao
nascimento de Jesus (vs. 6-11); e do período do Exílio
Babilônico ao nascimento de Jesus (vs. 12-16). Cada grupo, como afirma com
grande precisão o v. 17, contém “quatorze gerações”. Na verdade, porém, o
terceiro grupo contém somente treze nomes; e no segundo grupo três gerações são
omitidas conforme a evidência de I Crônicas 1 - 3, que o evangelista parece
usar como fonte. É muito possível, que a significação que ele achou no número
“quatorze” é que os valores numéricos das consoantes hebraicas na palavra Davi
dão como suma aquele número. Outros estudos veem implicações mais ocultas no
uso de números pelo evangelista, “A aritmética sagrada judaica achou necessário
calcular o futuro com a ajuda da profecia da salvação divina após setenta anos,
profecia esta proclamada por Jeremias. E em Daniel achamo-la interpretada como
setenta semanas de anos, ou sejam 490 anos. Aqui em Mateus os métodos usados
são os dos rabinos e o período da promessa inicial a Abraão, pela qual a
religião judaica foi realmente fundada, até o nascimento do Messias, é apresentado
como setenta semanas de anos, ou três vezes quatorze gerações, o que é a mesma
coisa. Assim, no tempo exato e próprio da profecia bem como da linhagem de Davi
— verdadeiramente o filho de Davi — Jesus, chamado o Cristo, nasce.
Um aspecto curioso da genealogia é a menção nos versos 2 - 5de três mulheres: Tamar, mãe de Perez e Zerá; Raabe, mãe de Boaz; e Ru[1]te, mãe de Obede. Como
nomes de mulheres normalmente não apareciam em genealogias judaicas, pode ser
que o evangelista quis desarmar os críticos judeus sobre o nascimento de Jesus
mostrando que uniões irregulares eram divinamente aceitas na ascendência legal
do Messias. Rute era moabita, Raabe, prostituta, e Tamar, adúltera.
O argumento do evangelista é que Jesus, embora nascido de
mãe virgem, não obstante fazia parte da verdadeira linhagem de Davi por[1]que José estava, de fato,
legalmente casado com Maria, que veio a ser a mãe dele.
Provavelmente a palavra Jesus
deva ser omitida nos primeiros versos, Mateus poderia ter dito ‘O nascimento de
Jesus foi assim’, mas o Espírito Santo,
antevendo detratores, e antecipando-se a esta atitude enganadora, diz através
de Mateus: ‘O nascimento do Messias foi assim...”.
Uma das calúnias que os cristãos primitivos tiveram de
refutar foi a de que Jesus teria nascido de uma união fora do casamento; pois,
perguntava-se, porque não teria José relatado o assunto imediatamente às
autoridades, ao descobrir que Maria estava grávida quando seu contrato de
casamento já vigorava. Mateus registra a resposta. Não se nega que Maria tenha
engravidado antes de José ter consumado o casamento; mas se insiste em que,
embora como homem honrado ele estivesse plenamente consciente de que deveria
tornar público o assunto, não obstante evitou fazê-lo, desejando proteger sua
desposada de uma publicidade vergonhosa, e começou a encarar a possibilidade de
romper secretamente seu compromisso. Um contrato de casamento judeu diferia
radicalmente de um noivado moderno. O casal cujo casamento estivesse contratado
não poderia legalmente separar-se, exceto por divórcio ou pela morte de um
deles, o que tornaria o outro viúvo ou viúva. Mas, antes que José pudesse agir,
foi divinamente instruído num sonho para que não hesitasse em receber Maria em
casa como sua esposa, pois o filho dela tinha sido concebido pelo poder do
Espírito Santo. José, embora não fosse fisicamente o pai da criança, daria,
contudo, a ela, sua verdadeira condição legal em virtude de seu casamento com
Maria.
Quando se é relatado que José
queria deixa-la secretamente, não a querendo infamar significa “Não a querendo
ainda infamar”. — José estava numa encruzilhada entre o seu desejo de fazer
aquilo que era legalmente correto e uma ansiedade natural de proteger sua
mulher contra qualquer publicidade. Torná-la exemplo público é a tradução para
a palavra paradeigma[1]tisai, encontrada em
Manuscritos posteriores. A anotação mais antiga deigmatisaisignifica
simplesmente “ expor” ou “ publicar”.
Quando Mateus escreve que apareceu,
em sonho, um anjo do Senhor, não indica que a narrativa seja lendária. O
evangelista está registrando uma decisão de significação especial do modo como
um judeu faria quando desejasse enfatizar que tal decisão não eram meramente
resultado de deliberação humana, mas que era divinamente impulsionada. Podemos,
se o quisermos, considerar o sonho como a própria interpretação do evangelista
sobre o que aconteceu. Ele sabia que tudo o que fora feito aconteceu sob a
direção divina; e esta direção poderia ser compreendida mais facilmente como
operando através de sonhos. A ordem divina dos eventos é tudo o que é
essencial. A maneira como a vontade de Deus se efetuou é secundária”.
É significativo que o anjo se dirija a ele como “José, filho
de Davi'\ pois fora ordenado pela providência divina que a criança fosse da
linhagem de Davi. Outra indicação do caráter especial do Filho de Maria e da
natureza da obra que deveria realizar, uma vez nascido, é dada na instrução do
anjo a José para que lhe pusesse o nome de Jesus
(Salvador), porque ele livraria o povo de Deus da culpa e
poder dos seus
pecados. Nesta defesa de José, o evangelista foi compelido a
dar relevo à concepção sobrenatural do filho de Maria; e ao fazer isto, foi
levado a ver nesta concepção o cumprimento das palavras ditas por Deus através
de seu profeta e registradas em Isaías 7.14.
José agiu imediatamente após a instrução do anjo e em vez de
tentar separar-se secretamente recebeu Maria em casa como esposa, abstendo-se,
contudo, de relações sexuais com ela até que seu filho nascesse, e chamando-o
obedientemente de JESUS.
No final desse capítulo, especificamente
no verso 25, o sentido primário poderia ser que, após o “primogênito” de Maria
ter nascido, José manteve com ela relações sexuais normalmente. A construção
grega aqui usada no Novo Testamento, “ sempre implica, que a ação negativa teve
ou teria lugar após o período indicado pela partícula”. Por outro lado, os que
pensam que Maria permaneceu sempre virgem afirmam que primogênito” não implica
necessariamente o nascimento de outros filhos e asseguram que a sentença não
transmite nenhum sentido além do que lhe é dado, ele não a tinha conhecido
quando deu à luz um filho, seu primogênito”.
Jesus é a forma grega do hebraico Yeshua (Josué), que
significa "O Senhor salva". O termo define a futura missão do Filho
de Maria, que é salvar o seu povo dos seus pecados. O pecado é o maior inimigo
da raça humana, arruinando a vida e a alma da pessoa. Através da
morte expiatória de Jesus e do poder santificador do Espírito Santo, quem
vem a Jesus é libertado da culpa e da escravidão do pecado.
O evangelista declara que Jesus nasceu de uma virgem,
sem intervenção de um pai humano, e que Ele foi concebido pelo
Espírito Santo (v. 18). A doutrina do nascimento virginal de Jesus, da há muito
tempo vem sendo atacada pelos teólogos liberais. É inegável, no entanto, que o
profeta Isaías vaticinou a vinda de um menino, nascido de uma virgem que
seria chamado "Emanuel", um termo hebraico que significa
"Deus connosco". Essa predição foi feita 700 anos antes do nascimento
de Cristo.
A palavra "virgem" é a tradução correcta da
palavra grega parthenos, empregada na Setuaginta. A palavra hebraica
significando "virgem" (almah), empregada por Isaías, designa uma
virgem em idade de casamento, e nunca é usada no AT para qualquer outra
condição de mulher, exceto a da virgindade. Daí, Isaías e Mateus afirmarem a
virgindade da mãe de Jesus.
É de toda a importância o nascimento virginal de Jesus. Para
que o Redentor pudesse expiar os nossos pecados e assim nos salvar, Ele teria
que ser numa só pessoa, tanto Deus como homem impecável. O nascimento virginal
de Jesus satisfaz essas duas exigências. A única maneira de Ele nascer como
homem era nascer de uma mulher. A única maneira de Ele ser um homem impecável
era ser concebido pelo Espírito Santo.
A única maneira de Ele ser deidade, era ter Deus como Pai. A
concepção de Jesus, portanto, não foi por meios naturais, mas sobrenaturais,
daí, "o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lucas1:35). Por isso, Jesus Cristo nos é revelado como uma só Pessoa divina, com
duas naturezas; divina e humana, mas impecável.
Por ter vivido como ser humano, Jesus compadece-se das
fraquezas do ser humano. Como o divino Filho de Deus. Ele tem poder para
libertar o ser humano da escravidão do pecado e do poder de Satanás. Como ser
divino e também homem impecável, Ele preenche os requisitos como sacrifício
pelos pecados de cada um, e também como sumo sacerdote, para interceder por
todos os que por Ele se aproximam de Deus.