Estudos Bíblicos

Êxodo (28) Gênesis (50)

Estudo Êxodo 24

Em Êxodo 24, após a ministração das leis que deveriam reger Israel, o Senhor Deus disse a Moisés que chamasse Arão, Nadabe, Abiú e setenta autoridades de Israel para adorar à distância do monte. Aqui, o objetivo do Senhor é confirmar a aliança que havia acabado de fazer com o povo e queria ter certeza de que eles haviam entendido e eles responderam: “Faremos tudo o que o Senhor ordenou”. Um estudo de Êxodo 24 nos mostra que devemos ter a consciência de que servimos a um Deus Santo, perfeito. Que ama o ser humano mais do que ninguém, mas não tolera o pecado. Daí a instituição dos sacrifícios. A mensagem era: a vida inocente apagará o pecado do transgressor, mas não havia remissão sem sacrifício.

Um esboço de Êxodo 24 pode ser feito da seguinte forma:

    • 24.1 – 8: Israel aceita as Leis
    • 24.9 – 11: Deus se manifesta aos líderes de Israel
    • 24.12 – 18: Quarenta dias e quarenta noites 


Israel aceita as Leis (Êxodo 24:1-8)
Setenta e cinco homens foram convidados a subir o Monte Sinai para adorarem ao Senhor. Estavam ali:Moisés o profeta, e seu ministro Josué. Arão e seus filhos subiram como representantes do futuro sacerdócio Levítico. Os setenta anciãos sem dúvida representavam a nação de Israel que teve o seu início com setenta almas (Gênesis 46:27). Somente Moisés como mediador da aliança é que se aproximou de Deus.
Note a maneira pela qual a aliança foi realmente confirmada: Moisés cuidadosamente repetiu todas as palavras da aliança para Israel (versículo 3). O povo concordou com as três formas de lei que compunham a aliança (versículo 3). Moisés escreveu uma cópia da lei da aliança de Deus (versículo 4). Moisés construiu um altar e doze monumentos na base do Monte Sinai representando as doze tribos. Como não havia ainda o sacerdócio Levítico (Números 3:41) Moisés enviou alguns homens jovens para oferecer sacrifícios ao Senhor (versículo 5). Para que isso fosse possível, Deus deu instruções especiais para que um altar temporário fosse erguido até que o tabernáculo estivesse completo (Êxodo 20:24). Moisés pegou a metade do sangue e espargiu sobre o altar (versículo 6) e a outra metade colocou em bacias. A aliança foi formalmente confirmada quando o sangue foi espargido sobre a nação de Israel (versículo 8). Este ato foi usado para provar a necessidade do sangue de Cristo na dedicação da Nova Aliança (Hebreus 9:18-28). Moisés concluiu ao ler novamente a lei ou "livro da aliança", e o povo mais uma vez concordou (versículo 7).

Deus se manifesta aos líderes de Israel (Êxodo 24:9-11)
As partes envolvidas em uma aliança normalmente faziam uma refeição fraternal (Gênesis 31:43-55). Isto não nos ajuda a entendermos o significado da ceia do Senhor (Mateus 26:26-28)?
A respeito da festa no Monte Sinai note: Quando é dito que eles "viram a Deus" isto significa que viram o reflexo da Sua glória. Eles não viram a glória Dele ou mesmo um símbolo da Sua presença (I Timóteo 6:16, Deuteronômio 4:15-19). Debaixo de Deus havia um pavimento que parecia como o Céu na sua claridade. A pedra de safira é mencionada em conexão com Deus em Ezequiel 1:26. As palavras do versículo 11 registram o extraordinário fato de que ao invés de Deus destruir os homens, eles festejam em Sua presença. Isto é espantoso para aqueles que entendem a pecaminosidade do homem e a santidade de Deus. Eles "viram" Deus, mas não morreram pelo fato de estarem fazendo uma aliança com Deus e o sangue de um substituto tinha sido oferecido. Somente através do sangue de Cristo é que qualquer pecador pode se aproximar do Senhor (Efésios 2:13). Fora de Cristo, Deus se torna um fogo consumidor (Hebreus 12:29).
As pessoas citadas no versículo 1 deste capítulo viram o Deus de Israel. A menção de seus pés e de sua mão indica que elas avistaram uma manifestação do Senhor em um tipo de forma humana. Talvez esta fosse a aparência de Jesus antes de Sua encarnação (Êx 23.20). A falta de detalhes nos lembra que qualquer tentativa de descrever a glória divina é, de certa forma, insuficiente.O trecho ele não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel se refere aos anciãos dos versículos 1 e 9 e, provavelmente, sugere que o Senhor de fato pôs Sua mão sobre Moisés. A repetição da afirmação viram a Deus dá ênfase ao acontecimento.

Quarenta dias e quarenta noites (Êxodo 24:12-18)
Após a festa Moisés subiu ao Monte Sinai onde recebeu as tábuas de pedra e as instruções para o Tabernáculo. Arão e Hur assumiram a responsabilidade de Moisés durante os quarenta dias que ele estaria fora. O relato a respeito do bezerro de ouro nos lembra quão cedo e quão terrivelmente o povo quebrou a aliança.
Moisés se encontrava reunido no topo do Monte Sinai que estava coberto com uma nuvem como uma manifestação da presença do Senhor. No sétimo dia Deus falou com Moisés e revelou a Sua glória como um fogo consumidor.
Moisés passou quarenta dias e quarenta noites recebendo maiores instruções do Senhor. Isto nos faz lembrar de Cristo, que após confirmar a Nova Aliança através do seu sangue, ficou ainda mais quarenta dias (depois da Sua ressurreição) ensinando os Seus discípulos (Atos 1:3).
Após verem a Deus, os escolhidos comeram e beberam. A refeição festiva da aliança provavelmente incluía a carne dos sacrifícios pacíficos, o pão e o vinho. Esta era uma grande celebração da presença do Deus vivo. Constituía também um relance profético da Ceia do Senhor Jesus com Seus discípulos, na qual Ele transformou os antigos símbolos de libertação do Egito (pão e vinho) em novas representações de Sua iminente morte e ressurreição (Mt 26.17-30).O comando sobe a mim demonstra que apenas Moisés pôde chegar perto de Deus naquela hora. Hoje, todos nós somos chamados a ter uma viva comunhão com Ele por intermédio de Jesus (Hb 4-14-16).
No versículo 12 também é feita a primeira menção às tábuas de pedra, nas quais o Senhor escreveu Sua lei e os mandamentos. A maioria das pessoas imagina que os primeiros quatro mandamentos (que falam sobre o relacionamento pessoal de um homem com Deus) foram escritos de um lado das tábuas e os outros seis (relativos à responsabilidade de um indivíduo perante sua família e sua comunidade), do outro lado. Entretanto, é mais provável que os Dez Mandamentos tenham sido escritos em cada uma das tábuas de pedra. Os tratados do Oriente Médio eram feitos em duplicata. Colocava-se cada uma das cópias no respectivo templo das partes envolvidas no acordo. Assim, os deuses de ambos os povos testemunhavam a aliança. Contudo, no caso dos Dez Mandamentos, possivelmente ambas as cópias foram dispostas perante o único Deus vivo. O objetivo de Deus ao fornecê-las a Moisés era instruir o povo, ideia transmitida pela forma verbal ensinares, a qual, neste texto, é a origem do substantivo traduzido como lei.
No versículo 13, o vocábulo servidor é geralmente traduzido como ministro. Josué foi a primeira pessoa mencionada durante a batalha de Israel com os amalequitas (Êx 17.9-14;32.17;33.11).
No discurso de Moisés, o plural usado com o pronome nos na instrução esperai-nos aqui sugere que Josué acompanhou Moisés até pelo menos parte do caminho de subida do monte Sinai. Talvez Josué tenha ajudado o profeta durante a vigorosa ascensão à montanha, mas não tenha recebido permissão para se aproximar da presença de Deus junto com seu líder (v. 15,18). Josué não estava com o povo durante esse período, mas podia ouvir o barulho dos israelitas, por causa da corrompida adoração ao bezerro de ouro. Mais tarde, Josué comunicou ao profeta o alarmante ruído que escutava. Quanto à menção a Hur, veja Êxodo 17.10.
Moisés testemunhou o aparecimento do Senhor no meio de uma nuvem (Êx 19.9), a qual é intimamente associada à glória de Deus, como em Êxodo 33.9. Após seis dias no monte, Moisés foi chamado pelo Todo-poderoso. É possível que o sétimo dia de espera fosse também o sétimo dia da semana, o sábado (Shabat). Nesta passagem, o emprego da palavra glória faz referência à relevância, importância e influência do Altíssimo (Êx 16.7,10;33.18,22;40.34,35).
No versículo 18, a expressão aos olhos dos filhos de Israel indica que, novamente, o que eles viram não nos é descrito. Tudo o que o povo pôde enxergar foi um fogo consumidor. Moisés já havia presenciado algo parecido ao deparar-se com a sarça em chamas (Êx 3.2). Logo, podia reconhecer que isso simbolizava a manifestação de Deus. Apesar de as Escrituras nos informarem que o profeta ficou no monte quarenta dias e quarenta noites, o significado desse período não é especificado. Entretanto, se atentarmos para a reação das pessoas (Êx 32.1), talvez possamos concluir que a ausência de Moisés se deu por um longo período.

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Aleluia!!!

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