O Evangelho de Mateus, é um dos quatro evangelhos canônicos
e é o primeiro livro do Novo Testamento. Este evangelho sinótico (junto com o
Evangelho de São Marcos e o Evangelho de São Lucas) é um relato da vida,
ministério, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré. Ele detalha a história de
sua genealogia até a Grande Comissão.
O Evangelho de Mateus está muito alinhado com o judaísmo do
primeiro século, e tem sido associado aos evangelhos judaico-cristãos; ressalta
como Jesus cumpriu as profecias judaicas. Alguns detalhes da vida de Jesus, de
sua infância, em particular, estão relacionados somente em Mateus. Seu evangelho
é o único a mencionar a Igreja ou ecclesia. Mateus também enfatiza a obediência
e a preservação da lei bíblica. Uma vez que este evangelho tem prosa ritmada e
muitas vezes poética, que ele é adequado para a leitura pública, tornando-se uma
escolha popular litúrgica.
O evangelho de Mateus foi colocado por primeiro livro do Novo
Testamento, não por ter sido escrito antes dos outros, mas quando foram
colocados juntos os 27 livros do NT, o evangelho de Mateus era o mais
conhecido, lido e usado nas orações das comunidades de Jerusalém e Judéia.
Depois deste evangelho segue os de Marcos Lucas e João.
Mateus era do grupo dos 12 apóstolos e escreveu um dos 4
evangelhos presentes na Bíblia, o primeiro deles. Tinha como profissão cobrar
impostos para os romanos na cidade de Cafarnaum na Galiléia, passou a ser
chamado Levi (a troca de nome significa a nova missão) como aconteceu com Pedro
e Paulo. No Evangelho Segundo Marcos está relatado como foi a chamada de Mateus:
“E tornou a sair para a beira-mar, e toda a multidão ia até ele; e ele os
ensinava. Ao passar, viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria, e
disse-lhe: “segue-me”. Ele se levantou e o seguiu” (Marcos 2:13-14). O seu nome
aparece nas 3 listas dos apóstolos que temos (Mateus 10:3; Marcos 3:18 e Lucas 6:15). Além disso, ele também é mencionado em Atos dos Apóstolos 1:13 como membro da
comunidade que continuou perseverante após a morte de Cristo.
Mateus era um cobrador de impostos. O império romano tinha
pessoas espalhadas pelo reino encarregadas de recolher as taxas que o povo
devia ao imperador. Essas pessoas, obviamente, não eram bem-vistas pelos
próprios conterrâneos. Muitas vezes eram exploradores e cometiam injustiças. Além
disso, os sacerdotes, por respeito ao primeiro mandamento, proibiam aos judeus
de tocarem as moedas do império, pois traziam a imagem do imperador. Por conseqüência,
os cobradores de impostos, que as tocavam com freqüência, eram considerados
pecadores.
A tradição diz que Mateus teria morrido na Etiópia. Por
volta do ano 100 d. C., os restos do seu corpo teriam sido transladados a
Salerno, na Itália, onde atualmente é venerado o seu sepulcro.
Estudo dos capítulos: