Estudos Bíblicos

Êxodo (28) Gênesis (50)

Estudo Êxodo 17

Em Êxodo 17, vemos que partindo do deserto de Sim o povo continuou seguindo a direção de Deus, até que chegou a Refidim, onde também não havia água para beber. O que eles fizeram? Aprenderam com os erros do passado? Não! Um estudo de Êxodo 17 mostra que eles novamente reclamaram do Senhor. Mas dessa vez, Moisés passou-lhes um sermão caloroso e lançou em seus rostos sua incredulidade crônica. Ao invés de orar o povo só sabia reclamar. Agimos assim, muitas vezes. Mesmo tendo experiências passadas da bondade e provisão do Senhor, reclamamos e somos incrédulos.
Um esboço de Êxodo 17 pode ser feito da seguinte forma:

    • 17.1 – 7: Os israelitas reclamam pela falta de água
    • 17.8 – 12: A intercessão de Moisés
    • 17.13 – 16: A derrota dos amalequitas 


Os israelitas reclamam pela falta de água Êxodo 17:1-17)
Israel, sob a liderança de Deus, chega até Refidim, aonde duas provas os aguardavam. As provações não são uma evidencia de que a nossa vida esteja fora da vontade de Deus. Deus não nos tenta para o pecado (Tiago 1:3), mas certamente testa a nossa fé.
Vários pensamentos aqui são dignos de nota: Mesmo estando consciente de estarmos obedecendo a Deus, não devemos baixar a nossa guarda. Nossa tendência é de relaxarmos e esquecermos que as promessas de Deus quanto a graça e socorro, não nos isentam das provações. O impecável Filho de Deus passou por provações (Mateus 4:1) e nós fomos chamados a segui-lo. Nosso Pai celestial nunca nos deixa sem um motivo para orarmos. A jornada inteira do cristão é feita pela fé.
Os constantes atos de falta de fé por parte de Israel seriam chocantes se não conhecêssemos os nossos próprios corações. Moisés mais uma vez relembra o povo, que as murmurações deles, são na realidade contra Deus (Deuteronômio 6:16). Os homens têm grande dificuldade de serem honestos consigo mesmo. A oração é o refúgio real do povo de Deus (Salmo 50:15). Moisés aprendeu durante os anos a ser manso. Ele não revidou ao povo e nem mesmo fugiu com medo. Deus foi o seu refúgio e recurso. Mais uma vez Deus provê para Israel de uma maneira sobrenatural. Mais espetacular ainda é o fato de que, enquanto Deus estava aliviando a sede de Israel, Ele também estava provendo alimento para as nossas almas. Este incidente nos revela mais uma grande figura de Cristo. Israel recebeu estas manifestações simbólicas do Salvador muitas vezes. O Simbolismo Identificado. A fim de entendermos a tipologia nós devemos interpretar corretamente o simbolismo. Felizmente, isto não é difícil. A rocha é uma figura de Jesus Cristo (I Coríntios 10:4). A vara era um símbolo do poder, autoridade e julgamento de Deus. Isto é visto repetidamente nos primeiros dezesseis capítulos de Êxodo. Moisés representava a santa lei de Deus. A Tipologia Explanada: A rocha devia ser ferida. Com que clareza isto nos faz lembrar de que Jesus Cristo somente poderia nos salvar sofrendo em nosso lugar (Isaías 53:4-5). A rocha foi ferida por Moisés. O pecado é a transgressão da lei (I João 3:4) e a morte é a sua penalidade (Romanos 6:23). Cristo nasceu sob a lei (Gálatas 4:4), honrou seus preceitos com uma vida pura (Hebreus 7:26) e então tomou o nosso lugar no Calvário. A maldição da lei caiu sobre Cristo (Gálatas 3:13) porque levou os nossos pecados no madeiro (I Pedro 2:24). Tudo isto está tipificado no ferir da rocha pelo legislador de Israel. A rocha foi ferida com a vara do Divino poder e julgamento. Quando Cristo padeceu por nós no Calvário, Ele estava sofrendo a justa ira do Pai sobre o pecado (Isaías 53, Zacarias 13:7). A rocha foi ferida enquanto os anciãos de Israel serviam de testemunhas. Da mesma maneira, na morte e ressurreição de Cristo, houve um abundante número de testemunhas (Atos 26:26, I Coríntios 15:3-8). O ferir da rocha supriu Israel com uma fonte de água para sustento da vida (Salmo 78:15-16). Somente pela morte é que Cristo se tornou a água da vida para nós (João 7:37-39). Ele é superior em todas as formas quando comparado com as vazias promessas e prazeres desta vida (João 4:13-14). Hoje, aquele que tem sede é ainda convidado a vir às águas da vida (Apocalipse 22:17). A rocha seguiu Israel pelo o deserto (I Coríntios 10:4). O significado exato desta expressão tem sido muito debatido. A rocha literalmente os acompanhou ou era a fonte de água? É suficiente entendermos que a presença espiritual de Cristo os acompanhou em suas peregrinações. Mesmo hoje, nós descansamos na promessa de que o Salvador que nos sustém nunca nos abandonará (Hebreus 13:5). A rocha nunca mais deveria ser ferida. Cristo morreu uma vez por nossos pecados e isto foi suficiente (Romanos 6:9-10, Hebreus 9:26). Quando Moisés mais tarde feriu novamente a rocha, foi punido severamente por corromper o sentido que esta figura representava (Números 20:2-13). Imagine o que Deus pensa a respeito da ceia Católica Romana, onde Cristo é sacrificado todas às vezes. Há uma grande finalidade na cruz. Se você necessita de salvação, fale com a Rocha (Números 20:7-8, Romanos 10:13). Massá significa "tentação" e Meribá significa "contenda". O lugar permaneceu como uma lembrança da descrença de Israel. Como eles puderam duvidar da presença de Deus estando diante da coluna de nuvem? Que possamos deixar um testemunho melhor para as futuras gerações.

A intercessão de Moisés (Êxodo 17:8-12)
O povo de Amaleque era formado pelos descendentes de Esaú, os edomitas (Gn 36.1,12). Não houve qualquer tipo de provocação para que esse ataque ocorresse. Os israelitas — e o Senhor — consideraram essa ofensiva como extremamente abominável (v. 14-16). Em Deuteronômio 25:17-18 temos os detalhes deste ataque que Israel não provocou. Esta foi a sua primeira batalha. Vemos em Deuteronômio 25:18-19 o que Deus sentia com relação a Amaleque. Ele se tornou um inimigo constante deles (Êxodo 17:16) e eventualmente os destruiu (Números 24:20).
O nome Amaleque significa "guerreiro". Deus odiava Amaleque por causa do tratamento dado a Israel e por ele não temê-lo (Deuteronômio 25:18). Eles atacaram Israel diante da coluna de nuvem.
Deus não queria que Israel esquecesse que Amaleque era inimigo deles (Deuteronômio 25:19). Ironicamente, foi um Amalequita quem eventualmente matou Saul (II Samuel 1:1-8). Ele falhou em executar completamente o juízo de Deus sobre eles (I Samuel 15:1-23).
Nós temos dado estas informações preliminares a fim de entendermos melhor as lições espirituais desta batalha. Muitos professores da Bíblia vêem em Amaleque uma figura da batalha do cristão contra a carne. Esta é a razão do ataque de Amaleque ser precedido da miraculosa provisão de água para Israel. Ninguém conhece esta batalha antes de receber a Cristo.
Somente como novas criaturas em Cristo Jesus é que podemos sentir o poder da nossa velha natureza (Gálatas 5:17, I Pedro 2:11, Romanos 7:14-25, Romanos 8:10). Assim como Josué não destruiu Amaleque, assim também nós não podemos erradicar o poder do pecado em nossa carne durante nossa jornada terrestre. Entretanto, nós devemos mortificar a carne e lutar incansavelmente contra o vestígio do pecado em nossa velha natureza. Nenhuma misericórdia deve ser demonstrada ao inimigo (I Coríntios 9:27). Aqueles santos que se tornam fracos e distantes de Cristo, estão correndo grande perigo (Deuteronômio 25:17-18, Mateus 26:4). Vamos lutar até que Cristo volte e nos dê uma vitória completa (Filipenses 3:21, Romanos 7:24-25).

"Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque" (Êxodo 17:11). Esta cena coloca diante dos nossos olhos um maravilhoso quadro da oração intercessória. Aqui temos o método correto de obtermos a vitória na batalha espiritual. As mãos levantadas de Moisés claramente tipificam a oração (Salmo 28:2, I Timóteo 2:8). Considere algumas lições encontradas aqui: A verdadeira oração não dispensa a necessidade do trabalho do cristão (versículo 9). Não podemos orar por vitórias se não lutamos nas batalhas, e nem por bençãos, se não trabalhamos. Os soldados de Deus necessitam de oração (Efésios 6:18-19). Qual o motivo das igrejas perderem sua base e os cristãos serem vencidos pela carne? Não é a falta de oração por parte do povo de Deus? Oração é trabalho duro (versículo 12). Como é fácil enfraquecermos na oração. É o primeiro dever que abandonamos quando começamos a nos desviar de Deus. Nós precisamos apoiar uns aos outros em oração. O melhor dos homens enfraquece. Comunhão e encorajamento são necessários. Talvez nós não podemos fazer o que outras pessoas fazem, mas podemos sustentar suas mãos.

A derrota dos amalequitas (Êxodo 17:13-16)
Josué desfez. Os exércitos de Israel lutaram — como todos os exércitos na verdade fazem — usando as técnicas costumeiras de combate. Contudo, a vitória só foi garantida por causa do poder de Deus, que intercedeu em favor de Seu povo.
Escreve isto. Algumas pessoas alegam que os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, o Pentateuco, foram escritos muito tempo depois da morte de Moisés. Outras defendem a ideia de que Moisés escreveu algumas pequenas partes, como aquela a que este versículo aparenta aludir (Êx 24-4) Contudo, é bastante razoável afirmar que o profeta escreveu algumas passagens dos cinco primeiros livros sob o claro comando divino, como este versículo indica, e as outras partes mais tarde, registrando a história completa do relacionamento de Deus com os israelitas (Êx 34-27,28). A palavra memória (hb. zikkarôn) é usada para a Páscoa em Êxodo 12.14. O vocábulo livro (hb. sepher) faz referência a um rolo. Os livros encadernados só foram desenvolvidos muitos séculos depois da época de Moisés. Além de receber a ordem de escrever o que estava sendo dito por Deus, o profeta ouviu a seguinte instrução: relata-o. O anúncio público de uma revelação do Senhor transmitiu a ideia de que aquilo realmente aconteceria [os amalequitas seriam esquecidos]. Façamos um esforço para que as obras de Deus não sejam esquecidas.
Jeová-Nissi significa "Jeová é a nossa Bandeira". Este era mais um dos títulos de "Jeová". Como é importante colocar a coroa na cabeça certa. Nem Moisés e nem Josué levariam o crédito pela vitória. Ele deveria ser dado ao eterno e auto-suficiente Deus de Israel. Seu nome era o estandarte deles. Em tudo isso há lições para nós: Que sempre venhamos a dar a Deus a glória por cada vitória obtida (I Samuel 7:12). Que nunca venhamos a nos envergonhar de hastearmos nossa bandeira e publicamente proclamarmos que Deus é o nosso ajudador e a nossa força (Salmo 20:5-7). Que Jeová seja a bandeira da nossa igreja.
A expressão traduzida do hebraico como jurou o Senhor é algo não muito claro, mas aparentemente significa certamente há uma mão no trono do Senhor. Na estrutura frasal dessa expressão, o Criador é ilustrado como se estivesse sentado em Seu trono enquanto levanta Sua mão em um juramento solene. É algo terrível para os perversos cair nas mãos justas e corretas do Juiz do universo.

<Estudo Êxodo 16
Estudo Êxodo 18>

Aleluia!!!

Qual a origem do termo "Hebreu"?

O primeiro testemunho da existência desse termo se encontra nos arquivo do Egito. A palavra ali presente é “khabiri” (na verdade uma palavr...