Estudos Bíblicos

Êxodo (28) Gênesis (50)

Estudo Êxodo 6

Em Êxodo 6 vemos o Senhor Deus respondendo as perguntas que Moisés fez no final do capítulo Êxodo 5. Em primeiro lugar, o Senhor garante a Moisés que de agora em diante Faraó conhecerá Seu poder, saberá quem Ele é e deixará seu povo ir. Deus, mais uma vez diz a Moisés que ouviu o clamor do Seu povo e irá livrá-lo. O Senhor dá a Moisés uma mensagem direta para o povo: “Eu Sou o Senhor…Eu os livrarei…Eu os resgatarei…Eu os farei meu povo” (v. 6,7).
Contudo, quando Moisés disse isso aos israelitas, eles não se empolgaram nenhum pouco, por causa da grande aflição e cruel escravidão em que estavam.
Não Podemos Julgá-los. Se analisarmos o contexto com cuidado, não vamos impor grande culpa aos israelitas. Pois, desde que Moisés apareceu em nome de Deus, as coisas pioraram e muito.
Muitas vezes, mesmo com as poderosas promessas de Deus nos cercando e estando prestes a se tornar realidade, nossa alma não consegue reagir.
Precisamos orar e pedir que o Espírito Santo nos console e aqueça nossa alma com fé e comprovação de que Ele está conosco.
Um esboço de Êxodo 6 pode ser feito da seguinte forma:

    • 6.1 – 9: Promessa de libertação
    • 6.10 – 13: Uma nova ordem
    • 6.14 – 27: Genealogia de Rúben, Simeão e Levi
    • 6.28 – 30: O coração de Moisés 


Promessa de libertação (Êxodo 6:1-9)
Em resposta á dúvida levantada, Deus simplesmente declara novamente a promessa anteriormente feita. Em breve Faraó demandaria que eles partissem. A paz vem quando encorajamos a nós mesmos na certeza dos resultados das promessas de Deus (Romanos 15:13). O Senhor tudo pode (Daniel 4:35). O grande nome de Deus é “Jeová”. Ele é o auto-existente e auto-suficiente.
Deus era conhecido pelos patriarcas como:
Elohim – Deus (O Criador)
El Shaddai – Deus Todo-Poderoso
Aqui Ele revela-se como “Jeová” ou o “Eu Sou”. O versículo 3 não significa que os patriarcas nunca tinham ouvido este nome, mas sim, que o seu significado não era conhecido. Eles conheciam a Deus como alguém que promete ao invés como o àquele que é mantenedor e cumpridor da promessa (Hebreus 11:13). Deus esperou até o tempo do cumprimento da aliança para então revelar o conteúdo desse nome. Deus tem uma obrigação á glória do Seu próprio nome para cumprir as Suas promessas (Josué 7:7-9, Salmo 79:9-10, Ezequiel 20:9, 14, 22, 44).
Da mesma forma, na nova aliança de Deus, os “Eu farei” são o motivo de regozijo (Jeremias 31:31-34). A glória do evangelho é a livre graça de Deus. A segurança não está naquilo que podemos fazer, mas naquilo que Deus fará.
A razão de Deus libertar Israel era por causa da Sua aliança. Esta aliança foi feita com eles através de Abraão, antes mesmo deles nascerem. Não foi baseada na bondade deles, mas no amor de Deus (Deuteronômio 7:6-8). Que maravilhoso quadro da aliança da graça, feita com os eleitos, através de Cristo (Efésios 1:4). Por causa da Sua aliança, Deus irá remir Israel e dará á eles todas as bençãos dela. A melhor parte da aliança aqui são os “Eu vos”. Note os sete “Eu vos” de Deus:
1. “Eu vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios”.
2. “Eu vos livrarei da servidão”.
3. “Eu vos resgatarei com braço estendido e com grandes juízos”.
4. “Eu vos tomarei por meu povo”.
5. “Eu serei vosso Deus”.
6. “Eu vos levarei a terra”.
7. “Eu vo-la darei por herança”.

Uma nova ordem (Êxodo 6:10-13)
Cada prova parecia produzir novas dúvidas em Israel. Até Moisés parecia não ter esperança. Na verdade, não devemos colocar nossa dependência no homem. Quão lento nós somos em perceber que a Palavra de Deus é um suporte que nunca falha. E não importa quanta oposição possa haver. Novamente Deus deu uma ordem para Moisés e Arão falarem com Faraó para o povo ser retirado do Egito.

Genealogia de Rúben, Simeão e Levi (Êxodo 6:14-27)
Ao passo que esta parte da narrativa pareça ser uma interrupção, na verdade ela nos traz informações importantes sobre a história de Israel. Moisés era o líder de Israel e Arão o pai da linhagem sacerdotal. Este relato positivamente os identifica como descendentes de Levi. A tribo de Rúben e Simeão são mencionadas porque, como Levi, os pais destas tribos eram filhos de Lia (Gênesis 29:31-35).
É interessante notar que Moisés relata algo sobre seus pais que muitos desejariam não mencionar. O pai de Moisés casou-se com sua própria tia. No regime da velha aliança este tipo de união era proibido (Levítico 18:12). A lei não vigorava na época em que ocorreu este casamento. Entretanto, conhecendo a natureza humana, acreditamos que se Moisés não tivesse sido inspirado por Deus, ele teria omitido a lei ou o detalhe do casamento dos pais.

O coração de Moisés (Êxodo 6:28-30)
O capítulo termina com Deus declarando Sua grandeza e Moisés sua descrença. Nós deveríamos analisar, por alguns momentos, qual era a fonte das dúvidas de Moisés. Em versículo 30, ele revela que sente o seu próprio pecado. Isto fica claro na expressão “incircunciso de lábios” (compare versículo 12). Muitas vezes, aparentes impedimentos para o trabalho de Deus, fazem com que os servos do Senhor culpam a si mesmos. Em Êxodo 5:22-23, nós também vemos que Moisés estava profundamente desencorajado. Damos graças á Deus, pois a nossa fraqueza não é impedimento para Ele.
Que ato de misericórdia da parte de Deus não repreender Moisés por reclamar (Êxodo 5:22-23). Na verdade, Deus exerce grande paciência com seus filhos, pois Ele conhece a nossa fraqueza (Salmo 103:14). Ao invés disso, no capítulo 6, Deus continua a Se revelar como o “Jeová” da grande aliança.

<Estudo Êxodo 5
Estudo Êxodo 7>

Aleluia!!!

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