A partir de Êxodo 25 até Êxodo 31 temos o registro da direção de Deus à Moisés para a construção do Tabernáculo. E de Êxodo 35 a Êxodo 39, vemos como o povo sob a liderança de Moisés, executou a tarefa. Um estudo de Êxodo 25 nos mostra que O santuário ou tabernáculo do deserto fora o primeiro local oficial de culto da jovem nação de Israel. Cheios dos despojos do Egito, os filhos de Israel foram convocados a ofertar os materiais mais preciosos que de lá haviam trazido. Uma convocação que deveria ser voluntária: “Fala aos filhos de Israel que Me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso” (v.2). O principal objetivo do santuário, além de ter sido uma maquete do plano da redenção, uma escola da graça de Deus para Israel, fora o método que o Senhor usou para demonstrar o Seu desejo de morar no meio do Seu povo.
Um esboço de Êxodo 25 pode ser feito da seguinte forma:
Oferta e instruções para o Tabernáculo (Êxodo 25:1-9)
Que me tragam [...] voluntariamente. Deus não precisa de presentes de Seu povo, mas Ele os recebia como parte de uma verdadeira adoração. Contudo, nesta passagem, o Senhor pediu aos israelitas ofertas específicas e voluntárias. Isto porque Ele almejava presentes dados livremente e de bom grado, não sob coação. Além disso, o Senhor descreveu a natureza da oferta para que Moisés pudesse cumprir o plano que Ele estava prestes a revelar.
A lista fornecida pelo Senhor a Moisés continha itens e materiais de grande valor, entre eles o cobre, comumente usado nesse período. A larga utilização do ferro só aconteceria séculos depois. Tais presentes deveriam ser dados a Deus pelo povo para expressar seu desejo de adorá-lo em espírito e em verdade.
Santuário significa lugar santo. Assim como o solo se tornou sagrado por causa da presença divina na sarça em chamas (Êx 3.5), o santuário também seria sagrado, está relacionado com a palavra que no hebraico significa ser sagrado, qadash) por causa da presença de Deus protegendo a estrutura e os seus símbolos e habitando no meio deles. O Senhor, cuja verdadeira morada é o céu, queria que fosse erguido um lugar que representasse Sua santidade entre os israelitas. Assim, o templo é uma notável condescendência da graça de Deus. Ele, que habita genuinamente as alturas celestes, almejou a criação de uma estrutura que servisse de centro simbólico de Sua presença entre os hebreus. Neste sentido, a forma verbal habitarei está associada ao verbo no hebraico do qual deriva a palavra shekinah, que indica o esplendor, a glória e a presença de Deus residindo entre Seu povo.
Instruções para a Arca da Aliança (Êxodo 25:10-22)
O mais importante símbolo religioso associado ao tabernáculo era a arca ou caixa sagrada. Em contraste com a idolatria dos vizinhos de Israel, o santuário do Deus vivo não possuía semelhança com o templo deles ou ídolos de qualquer tipo (Êx 20.2-6). A arca, cuidadosamente moldada e majestosamente decorada, guardava o documento que confirmava o relacionamento de Deus com a nação — as duas tábuas de pedra dos Dez Mandamentos — e outros símbolos da misericórdia divina para com ela.
A Arca era uma espécie de caixa feita de madeira hoje conhecida como Acácia. Ela media 2 ½ côvados de comprimento por 1½ de altura e largura e era recoberta de ouro puro por dentro e por fora. Na parte superior havia uma coroa de ouro ao seu redor. Próximo ao fundo e em cada um dos cantos havia argolas de ouro. Varas de madeira cobertas de ouro passavam através destas argolas e eram utilizadas para carregar a Arca de forma elevada.
No topo da Arca se encontrava uma tampa de ouro conhecida como "propiciatório". Uma vez por ano, no grande dia da expiação, o sangue de um sacrifício era aspergido pelo sumo sacerdote neste local.
Nas extremidades do propiciatório havia dois querubins de ouro. Estes dois querubins estendiam as suas asas e tinham as suas faces voltadas para o propiciatório. Acima do propiciatório e entre os querubins estava a glória "Shekinah" de Deus (Salmo 80:1, 99:1; Shekinah é uma palavra hebraica significando a manifestação da presença de Deus. A Arca era a única peça de mobília que havia no Santo dos Santos.
A madeira de cetim (traduzida como acácia na nvi) era durável e resistente ao desgaste e aos insetos, o que a tornava o material apropriado para a construção da arca. No tocante às dimensões desta, o côvado era uma medida que correspondia ao comprimento entre o cotovelo e o dedo médio de um homem. A gradação pode variar; entretanto, a estimativa mais aceita para a medida de um côvado é 45 cm. Assim, a arca tinha aproximadamente um metro e dez centímetros de comprimento, 70 cm de largura e 70 de altura.
As únicas imagens permitidas por Deus foram dois querubins, belas representações artísticas de seres misteriosos e angelicais. O querubim provavelmente era uma criatura que tinha corpo de leão, rosto de homem e asas de um grande pássaro. Outras culturas antigas tinham modelos similares. Exemplos de querubins adornados também foram bordados na tapeçaria das cortinas do tabernáculo (Êx 26.1). Suas asas se estendiam para cima, cobrindo e sombreando a tampa. Suas faces tinham o olhar voltado para baixo, fixo na misericórdia do propiciatório.
O Senhor prometeu a Moisés que se encontraria com ele em cima do propiciatório. A palavra usada para falar desse encontro é virei, que carrega um significado específico: encontrar-se em um lugar determinado. O Senhor também encontraria Moisés na tenda da congregação (Êx 29.42,43;30.36). Algumas pessoas defendem a ideia de que o propiciatório e os querubins se arranjavam de modo a formar uma espécie de trono para o Senhor, com as asas dos anjos estendidas produzindo um extraordinário assento para Ele, ou talvez uma espécie de escabelo (1 Cr 28.2).
Instruções para a mesa (Êxodo 25:23-30)
A mesa era usada para dispor os 12 pães na presença do Senhor. Ela possuía aproximadamente 90 cm de comprimento, 45 de largura e 70 de altura.
Da mesma forma que a arca, a mesa deveria ser coberta com ouro e possuir uma moldura de ouro decorativa (v. 11). A borda era um elemento embelezador e também impedia que os objetos em cima da mesa fossem desarrumados.
A mesa deveria ter argolas e varas para que pudesse ser propriamente transportada. As varas protegiam o objeto sagrado de ser tocado por mãos humanas.
Todos os utensílios feitos com ouro puro, magnífico material, eram majestosamente moldados para representar fisicamente a santidade, para mostrar que Israel era um povo consagrado a Deus.
Os pães da proposição são descritos com maiores detalhes em Levítico 24.5-9. Os 12 pães, que representavam as 12 tribos de Israel, ficavam dispostos em duas fileiras com seis pães cada uma. Isso era chamado de os pães da proposição, literalmente pão da face), porque eram colocados de forma que estivessem sempre simbolicamente diante da “face” de Deus.
Instruções para o candelabro (Êxodo 25:31-40)
Talvez o mais notável ornamento do tabernáculo fosse o menorah, um castiçal de ouro. A iluminação naquela época era comumente feita em tigelas de barro cozidas no forno que continham azeite de oliva. Uma extremidade com um sulco ou uma prega segurava o pavio. Sete lâmpadas, modeladas com muito cuidado e precisão, ficavam dispostas nesse magnífico castiçal. O capítulo 37 (v. 17-24) nos conta como os artesãos fizeram essa peça. A expressão um castiçal indica que todos os elementos do castiçal deveriam ser fixados em uma sólida peça de ouro, o que demandava habilidade e conhecimento dos artesãos. Este foi um grande trabalho artístico.
Uma das sete lâmpadas deveria ser colocada no meio, flanqueada por três braços de cada lado. Este se tornou o modelo básico do menorah no judaísmo posterior. O simbolismo do número sete remete à passagem da criação em Gênesis e representa a completude.
Os copos, as canas e as maçãs produziam um impressionante efeito de decoração. A lâmpada iluminava o interior do lugar santo, mas era também um trabalho de arte por si só, mostrando o prazer de Deus em obras artísticas.
Alumiar defronte. Os pavios estavam todos no mesmo lado do castiçal, a fim de que a luz fosse vertida principalmente em uma direção. Eles permaneceriam acesos mesmo quando nenhum sacerdote estivesse presente.
Os utensílios usados na manutenção das lâmpadas também eram feitos de ouro. Um talento pesava aproximadamente 35 quilos. É muito difícil estimar o valor monetário do castiçal, visto que não havia moeda corrente ou dinheiro em circulação naquela época. Só podemos dizer que era altamente valioso e primorosamente belo.
Moisés não recebeu apenas instruções sobre como fazer todos estes utensílios. Ele atentou, no Sinai, para o modelo segundo o qual os objetos deveriam ser criados (Êx 25.9;26.30;27.8; At 7.44; Hb 8.5).
Há algumas preciosas lições que podemos tirar de toda a vasta quantidade de detalhes e instruções que vemos acerca deste projeto:
A qualidade e excelência dos materiais utilizados na construção, são um símbolo da Majestade de Deus;
A cortina utilizada para separar os elementos sagrados, limitando o acesso, é uma representação da Santidade de Deus e sua perfeição moral. Criando uma distinção entre quem somos e quem Deus é;
A mobilidade do Tabernáculo mostra que Deus estar conosco em todo tempo e todos os lugares.
A madeira utilizada no Tabernáculo foi a acácia. Nobre e rígida, ela era muito comum naqueles desertos orientais. Excelente para o serviço.
Outro detalhe importante está na cobertura da arca da aliança. Esta parte era chamada de propiciatório, e se destacava por ser o lugar onde a glória de Deus repousava em forma de nuvem, sobre as asas dos querubins de ouro.
Nele também era realizado o sacrifício anual de expiação, o mais importante para Israel. O sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos e caso fosse aceito, o pecado de todo o povo era perdoado.
hoje. Apesar de não precisarmos mais realizar os rituais do santuário, pois que todos apontavam para o perfeito cumprimento deles em Cristo, eles nos deixaram lições que não perdem a validade. O Senhor só mudou o Seu santuário de lugar: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Co.6:19-20). Deus transferiu a Sua habitação para “todo homem cujo coração o mover para isso” (v.2). É algo pessoal, voluntário e intransferível.
Muitas vezes olhamos para os relatos da Bíblia como histórias distantes de um Deus que está distante, e perdemos o privilégio de um relacionamento íntimo com o mesmo Deus que não muda (Ml.3:6) e que deseja habitar em nós. Há um Deus ansioso por isso e que todos os dias nos diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, Comigo” (Ap.3:20). A Lei que um dia esculpiu em pedras, Ele deseja imprimir em nosso coração. A glória que manifestou no propiciatório, Ele deseja manifestar em nossa vida. Como os pães que ficavam na mesa de Seu santo lugar, Ele deseja nos saciar com Sua Palavra. Como a luz que brilhava do candelabro, Ele deseja iluminar a nossa vida e o nosso caminho.
Antes de tudo, porém, o Senhor deixa bem claro que a nossa oferta deve ser voluntária, assim como foi voluntária a oferta do supremo sacrifício do nosso Salvador. Somente quando aceitamos a Cristo, confiando nEle e dependendo unicamente de Sua graça, compreendemos que só por Ele o nosso corpo maculado pelo pecado pode ser transformado em habitação do Espírito Santo. Jesus está neste momento batendo à porta do seu coração. Você aceita o convite? Permita que Ele entre e descubra a verdadeira felicidade em tê-Lo como seu grande Amigo.
<Estudo Êxodo 24
Estudo Êxodo 26>
Um esboço de Êxodo 25 pode ser feito da seguinte forma:
- 25.1 – 9: Oferta e instruções para o Tabernáculo
- 25.10 – 22: Instruções para a Arca da Aliança
- 25.23 – 30: Instruções para a mesa
- 25.31 – 40: Instruções para o candelabro
Oferta e instruções para o Tabernáculo (Êxodo 25:1-9)
Que me tragam [...] voluntariamente. Deus não precisa de presentes de Seu povo, mas Ele os recebia como parte de uma verdadeira adoração. Contudo, nesta passagem, o Senhor pediu aos israelitas ofertas específicas e voluntárias. Isto porque Ele almejava presentes dados livremente e de bom grado, não sob coação. Além disso, o Senhor descreveu a natureza da oferta para que Moisés pudesse cumprir o plano que Ele estava prestes a revelar.
A lista fornecida pelo Senhor a Moisés continha itens e materiais de grande valor, entre eles o cobre, comumente usado nesse período. A larga utilização do ferro só aconteceria séculos depois. Tais presentes deveriam ser dados a Deus pelo povo para expressar seu desejo de adorá-lo em espírito e em verdade.
Santuário significa lugar santo. Assim como o solo se tornou sagrado por causa da presença divina na sarça em chamas (Êx 3.5), o santuário também seria sagrado, está relacionado com a palavra que no hebraico significa ser sagrado, qadash) por causa da presença de Deus protegendo a estrutura e os seus símbolos e habitando no meio deles. O Senhor, cuja verdadeira morada é o céu, queria que fosse erguido um lugar que representasse Sua santidade entre os israelitas. Assim, o templo é uma notável condescendência da graça de Deus. Ele, que habita genuinamente as alturas celestes, almejou a criação de uma estrutura que servisse de centro simbólico de Sua presença entre os hebreus. Neste sentido, a forma verbal habitarei está associada ao verbo no hebraico do qual deriva a palavra shekinah, que indica o esplendor, a glória e a presença de Deus residindo entre Seu povo.
O modelo sugere que há uma realidade no céu com a qual o tabernáculo terreno deveria assemelhar-se (Êx 25.40;26.30;27.8; At 7.44; Hb 8.5).
Instruções para a Arca da Aliança (Êxodo 25:10-22)
O mais importante símbolo religioso associado ao tabernáculo era a arca ou caixa sagrada. Em contraste com a idolatria dos vizinhos de Israel, o santuário do Deus vivo não possuía semelhança com o templo deles ou ídolos de qualquer tipo (Êx 20.2-6). A arca, cuidadosamente moldada e majestosamente decorada, guardava o documento que confirmava o relacionamento de Deus com a nação — as duas tábuas de pedra dos Dez Mandamentos — e outros símbolos da misericórdia divina para com ela.
A Arca era uma espécie de caixa feita de madeira hoje conhecida como Acácia. Ela media 2 ½ côvados de comprimento por 1½ de altura e largura e era recoberta de ouro puro por dentro e por fora. Na parte superior havia uma coroa de ouro ao seu redor. Próximo ao fundo e em cada um dos cantos havia argolas de ouro. Varas de madeira cobertas de ouro passavam através destas argolas e eram utilizadas para carregar a Arca de forma elevada.
No topo da Arca se encontrava uma tampa de ouro conhecida como "propiciatório". Uma vez por ano, no grande dia da expiação, o sangue de um sacrifício era aspergido pelo sumo sacerdote neste local.
Nas extremidades do propiciatório havia dois querubins de ouro. Estes dois querubins estendiam as suas asas e tinham as suas faces voltadas para o propiciatório. Acima do propiciatório e entre os querubins estava a glória "Shekinah" de Deus (Salmo 80:1, 99:1; Shekinah é uma palavra hebraica significando a manifestação da presença de Deus. A Arca era a única peça de mobília que havia no Santo dos Santos.
A madeira de cetim (traduzida como acácia na nvi) era durável e resistente ao desgaste e aos insetos, o que a tornava o material apropriado para a construção da arca. No tocante às dimensões desta, o côvado era uma medida que correspondia ao comprimento entre o cotovelo e o dedo médio de um homem. A gradação pode variar; entretanto, a estimativa mais aceita para a medida de um côvado é 45 cm. Assim, a arca tinha aproximadamente um metro e dez centímetros de comprimento, 70 cm de largura e 70 de altura.
As únicas imagens permitidas por Deus foram dois querubins, belas representações artísticas de seres misteriosos e angelicais. O querubim provavelmente era uma criatura que tinha corpo de leão, rosto de homem e asas de um grande pássaro. Outras culturas antigas tinham modelos similares. Exemplos de querubins adornados também foram bordados na tapeçaria das cortinas do tabernáculo (Êx 26.1). Suas asas se estendiam para cima, cobrindo e sombreando a tampa. Suas faces tinham o olhar voltado para baixo, fixo na misericórdia do propiciatório.
O Senhor prometeu a Moisés que se encontraria com ele em cima do propiciatório. A palavra usada para falar desse encontro é virei, que carrega um significado específico: encontrar-se em um lugar determinado. O Senhor também encontraria Moisés na tenda da congregação (Êx 29.42,43;30.36). Algumas pessoas defendem a ideia de que o propiciatório e os querubins se arranjavam de modo a formar uma espécie de trono para o Senhor, com as asas dos anjos estendidas produzindo um extraordinário assento para Ele, ou talvez uma espécie de escabelo (1 Cr 28.2).
Instruções para a mesa (Êxodo 25:23-30)
A mesa era usada para dispor os 12 pães na presença do Senhor. Ela possuía aproximadamente 90 cm de comprimento, 45 de largura e 70 de altura.
Da mesma forma que a arca, a mesa deveria ser coberta com ouro e possuir uma moldura de ouro decorativa (v. 11). A borda era um elemento embelezador e também impedia que os objetos em cima da mesa fossem desarrumados.
A mesa deveria ter argolas e varas para que pudesse ser propriamente transportada. As varas protegiam o objeto sagrado de ser tocado por mãos humanas.
Todos os utensílios feitos com ouro puro, magnífico material, eram majestosamente moldados para representar fisicamente a santidade, para mostrar que Israel era um povo consagrado a Deus.
Os pães da proposição são descritos com maiores detalhes em Levítico 24.5-9. Os 12 pães, que representavam as 12 tribos de Israel, ficavam dispostos em duas fileiras com seis pães cada uma. Isso era chamado de os pães da proposição, literalmente pão da face), porque eram colocados de forma que estivessem sempre simbolicamente diante da “face” de Deus.
Instruções para o candelabro (Êxodo 25:31-40)
Talvez o mais notável ornamento do tabernáculo fosse o menorah, um castiçal de ouro. A iluminação naquela época era comumente feita em tigelas de barro cozidas no forno que continham azeite de oliva. Uma extremidade com um sulco ou uma prega segurava o pavio. Sete lâmpadas, modeladas com muito cuidado e precisão, ficavam dispostas nesse magnífico castiçal. O capítulo 37 (v. 17-24) nos conta como os artesãos fizeram essa peça. A expressão um castiçal indica que todos os elementos do castiçal deveriam ser fixados em uma sólida peça de ouro, o que demandava habilidade e conhecimento dos artesãos. Este foi um grande trabalho artístico.
Uma das sete lâmpadas deveria ser colocada no meio, flanqueada por três braços de cada lado. Este se tornou o modelo básico do menorah no judaísmo posterior. O simbolismo do número sete remete à passagem da criação em Gênesis e representa a completude.
Os copos, as canas e as maçãs produziam um impressionante efeito de decoração. A lâmpada iluminava o interior do lugar santo, mas era também um trabalho de arte por si só, mostrando o prazer de Deus em obras artísticas.
Alumiar defronte. Os pavios estavam todos no mesmo lado do castiçal, a fim de que a luz fosse vertida principalmente em uma direção. Eles permaneceriam acesos mesmo quando nenhum sacerdote estivesse presente.
Os utensílios usados na manutenção das lâmpadas também eram feitos de ouro. Um talento pesava aproximadamente 35 quilos. É muito difícil estimar o valor monetário do castiçal, visto que não havia moeda corrente ou dinheiro em circulação naquela época. Só podemos dizer que era altamente valioso e primorosamente belo.
Moisés não recebeu apenas instruções sobre como fazer todos estes utensílios. Ele atentou, no Sinai, para o modelo segundo o qual os objetos deveriam ser criados (Êx 25.9;26.30;27.8; At 7.44; Hb 8.5).
A qualidade e excelência dos materiais utilizados na construção, são um símbolo da Majestade de Deus;
A cortina utilizada para separar os elementos sagrados, limitando o acesso, é uma representação da Santidade de Deus e sua perfeição moral. Criando uma distinção entre quem somos e quem Deus é;
A mobilidade do Tabernáculo mostra que Deus estar conosco em todo tempo e todos os lugares.
A madeira utilizada no Tabernáculo foi a acácia. Nobre e rígida, ela era muito comum naqueles desertos orientais. Excelente para o serviço.
Outro detalhe importante está na cobertura da arca da aliança. Esta parte era chamada de propiciatório, e se destacava por ser o lugar onde a glória de Deus repousava em forma de nuvem, sobre as asas dos querubins de ouro.
Nele também era realizado o sacrifício anual de expiação, o mais importante para Israel. O sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos e caso fosse aceito, o pecado de todo o povo era perdoado.
hoje. Apesar de não precisarmos mais realizar os rituais do santuário, pois que todos apontavam para o perfeito cumprimento deles em Cristo, eles nos deixaram lições que não perdem a validade. O Senhor só mudou o Seu santuário de lugar: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Co.6:19-20). Deus transferiu a Sua habitação para “todo homem cujo coração o mover para isso” (v.2). É algo pessoal, voluntário e intransferível.
Muitas vezes olhamos para os relatos da Bíblia como histórias distantes de um Deus que está distante, e perdemos o privilégio de um relacionamento íntimo com o mesmo Deus que não muda (Ml.3:6) e que deseja habitar em nós. Há um Deus ansioso por isso e que todos os dias nos diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, Comigo” (Ap.3:20). A Lei que um dia esculpiu em pedras, Ele deseja imprimir em nosso coração. A glória que manifestou no propiciatório, Ele deseja manifestar em nossa vida. Como os pães que ficavam na mesa de Seu santo lugar, Ele deseja nos saciar com Sua Palavra. Como a luz que brilhava do candelabro, Ele deseja iluminar a nossa vida e o nosso caminho.
Antes de tudo, porém, o Senhor deixa bem claro que a nossa oferta deve ser voluntária, assim como foi voluntária a oferta do supremo sacrifício do nosso Salvador. Somente quando aceitamos a Cristo, confiando nEle e dependendo unicamente de Sua graça, compreendemos que só por Ele o nosso corpo maculado pelo pecado pode ser transformado em habitação do Espírito Santo. Jesus está neste momento batendo à porta do seu coração. Você aceita o convite? Permita que Ele entre e descubra a verdadeira felicidade em tê-Lo como seu grande Amigo.
<Estudo Êxodo 24
Estudo Êxodo 26>