Estudos Bíblicos

Êxodo (28) Gênesis (50)

Estudo Êxodo 27

Em Êxodo 27, vemos que o primeiro elemento que os israelitas deveriam ver quando entrassem no pátio do Tabernáculo deveria ser o altar do holocausto (Êxodo 27:1). O objetivo era trazer a memória do povo a necessidade de se oferecer sacrifício constantemente para que a comunhão com Deus fosse mantida. Somente os sacrifícios apagariam os pecados dos transgressores e eles seriam novamente aceitos. Vivemos hoje em uma nova e superior aliança. Não há mais mediadores, o sumo sacerdote Jesus mantém o caminho aberto para Deus de maneira constante. Não permita que o medo de desenvolver intimidade com o Senhor lhe domine. Não se deixe levar pela incredulidade que nos cerca, onde as pessoas dizem que Deus não se importa, que “não está nem aí” para nossa vida. Ele nos ama e quer estar perto de nós de maneira que possamos perceber Seu agir nas mais diversas situações do dia-a-dia.

Um esboço de Êxodo 27 pode ser feito da seguinte forma:

    • 27.1 – 8: O altar de madeira
    • 27.9 – 18: O pátio do Tabernáculo
    • 27.19 – 21: A Tenda do Encontro 


O altar de madeira (Êxodo 27:1-8)
O altar dos holocaustos (ofertas totalmente queimadas) era feito de madeira recoberta de bronze. Os chifres nas quatro pontas eram importantes no ritual e recebiam aplicações de sangue por ocasião da consagração dos sacerdotes (29.12), nas ofertas pelo pecado e no Dia da Expiação. Davam proteção a qualquer pessoa que se agarrasse a eles. O altar era oco e era cheio de terra ou pedras não lavradas. Tinha em torno de 2,3 m de comprimento por 1,4 m de altura. Devido à sua natureza portátil, era um quadrado aberto, feito de madeira de acácia, coberto com uma folha de bronze. … O altar funcionava como um lugar para abater os animais de forma “limpa” para retirada da carne (desde que todo sangue pertencia ao Senhor e como o único lugar autorizado de sacrifício. O altar das ofertas queimadas era a primeira coisa que os israelitas viam quando entravam no pátio do tabernáculo. Aqui sacrifícios eram constantemente feitos. Sua vívida presença constantemente lembrava o povo de que eles somente poderiam vir a Deus através do sacrifício. Era o único meio pelo qual seus pecados poderiam ser perdoados e levados embora. Em Hebreus 10.1-18, Jesus Cristo é retratado como o sacrifício definitivo. Era mais uma armação de altar do que um altar propriamente dito (v. 8). … O altar do holocausto, com o sangue vertido, representa a grande verdade do evangelho da expiação do pecado por meio do sacrifício vicário de Cristo. A própria posição desse altar, próximo à porta do átrio, indica a necessidade primária do pecador de ter seus pecados lavados pelo sangue de Cristo e, até que isso seja feito, ele não deve adorar a Deus ou mesmo entrar na Sua presença. O altar testemunhava da culpa do pecador e de sua necessidade de expiação e reconciliação, e lhe assegurava que isso tinha sido alcançado.
Os chifres. Eles sobressaíam dos quatro cantos superiores do altar. A expressão “uma só peça” indica que os chifres eram parte do próprio altar, e não que lhe foram acrescidos. O sacerdote tocava nestes chifres com o dedo, molhado no sangue do sacrifício pelo pecado. Algumas vezes se atavam a esses chifres animais que seriam sacrificados. Na descrição do segundo advento do Senhor crucificado, o profeta Habacuque (3:4) vê “chifres que saem da Sua mão”; “ali”, nas marcas dos pregos nas mãos de Cristo, “está velado o Seu poder”. … Tendo em vista que um animal que tem chifres os usa para atacar outros animais, os chifres se tornaram símbolo de força e poder.
recipientes para recolher cinzas. da grelha (v. 4): pás. Para levar as cinzas para longe. bacias de aspersão. Para recolher o sangue dos animais sacrificados ao lado do altar e para aspergi-lo na base do altar. garfos de carne. Tinham três dentes, e eram usados para dispor devidamente o sacrifício ou para retirar a porção dos sacerdotes do recipiente em que estava sendo cozido, braseiros. Provavelmente para levar carvões vivos [brasas vivas] do altar do holocausto para o altar de incenso dentro do Lugar Santo. Os acessórios, estando fora do tabernáculo propriamente dito, eram todos feitos de bronze. Uma pesada grelha de bronze era colocada à metade da altura do altar entre a base e o topo (v. 5). Nas quatro extremidades da grelha havia argolas, pelas quais passavam varais revestidos e bronze, para o transporte do altar (v. 6, 7). É provável que fosse uma borda ao redor da parte superior do altar que facilitava ao sacerdote colocar ali as ofertas. Mais uma vez, vemos que estes objetos eram figuras do plano de Deus. … O altar dos sacrifícios aponta para a parte suprema do plano de Deus, o sacrifício do Senhor Jesus Cristo para pagar o preço dos nosso pecados. É de madeira, e, em certo sentido, a cruz foi o altar de Cristo, onde Ele foi sacrificado. As ofertas diárias feitas no altar uniam o povo de Israel no culto, e eram uma lembrança de que sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22), até o dia em que Cristo se ofereceu a Si mesmo, uma vez para sempre (Hb 9.28).

O pátio do Tabernáculo (Êxodo 27:9-18)
O átrio era um retângulo de 45,75 m x 22,87 m, envolto por cortinas de linho fino, com 2,28 m de altura separando esse átrio do acampamento de Israel ao redor. O pátio é apresentado com duas partes iguais. O Lugar Santíssimo provavelmente ocupava a posição central na metade do oeste, e o altar dos holocaustos, a posição central na metade do leste, o lado oriental, que dá para o nascente. A entrada ao pátio do tabernáculo olhava para o leste, assim como a do templo de Salomão (v. Ez 8.16) e a do templo de Herodes. Na parte central da parte oriental havia uma “cortina” com cerca de 8,9 m de comprimento. Como entrar em comunhão com Deus? Cristo é a porta e o único caminho (Jo 10.7; 14.6). Ao todo 60 “colunas” sustentavam as “cortinas” ao redor do átrio, ou uma a cada 3,46 m em média. As “colunas” eram provavelmente de madeira de acácia revestidas de bronze e eram colocadas em “bases” também de bronze com ganchos para sustentar as cortinas. Havia um pátio com cortinas de linho fino trançado de dois metros e vinte e cinco centímetros de altura. Suficientemente altas para impedir a visão das pessoas em pé do lado de fora do pátio e para proteger a santidade e privacidade da adoração que ocorria do lado de dentro. Isso [cinco côvados] era metade da altura do tabernáculo, o qual era, desse modo, perfeitamente visto pelo povo do lado de fora. Apenas os sacerdotes e levitas podiam transitar livremente no átrio, que representava a primeira etapa na aproximação do mundo até Deus, por parte do ser humano. O sacrifício expiatório no altar do holocausto e o ato de se lavar (Êx 30:18) precediam a comunhão com Deus.

A Tenda do Encontro (Êxodo 27:19-21)
Certamente havia muitos utensílios usados no serviço do santuário, entre eles a bacia. As “estacas” mantinham as coberturas do tabernáculo esticadas e as “colunas” em seus lugares. Esses acessórios tinham uma função importante. Talvez não pudessem ser equiparados em importância à mobília nos dois compartimentos do tabernáculo e ao altar do holocausto; contudo, sem eles os sacerdotes não poderiam ministrar. Eles eram como os indispensáveis “dons” que Deus colocou “na igreja” (1Co 12:28). Azeitonas verdes eram esmagadas num pilão. A massa polpuda era, então, colocada num cesto de pano, e o óleo pingava pelo fundo, produzindo um combustível puro que queimava com pouco ou nenhuma fumaça, era o azeite puro de oliveira. A lâmpada era o candelabro de ouro que ficava no lado sul do Santo Lugar. Havia um cuidado especial para que as lâmpadas não se apagassem à noite. … A “lâmpada acesa continuamente” era um lembrete perpétuo dAquele em quem não há “treva alguma” (1Jo 1:5). Assim deveria ser com a igreja, “a luz do mundo”, sua luz nunca deve se apagar. A “lâmpada acesa continuamente” no santuário representava a “verdadeira luz”, “a luz dos homens”. Apontava também para as Sagradas Escrituras, que são lâmpada para os pés (Sl 119:105). O azeite de oliva é um símbolo do Espírito Santo, a fonte e o meio de iluminação espiritual (Zc 4:2-6; At 2:1-4). Era propósito que Israel fosse luz para as nações ao redor. A “vantagem” que os judeus tinham era “principalmente” que a eles “foram confiados os oráculos de Deus” (Rm 3:1, 2), ou seja, a palavra profética que predizia a vinda da Palavra viva, “a verdadeira luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem”.
A tenda da congregação: O tabernáculo foi chamado assim porque ali se reuniam Deus e os representantes religiosos de Israel, conforme estava determinado pelos regulamentos litúrgicos. Não era a mesma coisa que a “tenda da congregação” montada fora do acampamento, onde Deus se encontrou com Moisés (33.7; Nm 12.4). O tabernáculo não era um lugar em que o povo de Deus se reunia para a adoração coletiva, mas onde o próprio Deus se encontrava – em ocasiões por ele determinadas, e não por acaso – com o Seu povo. acesas as lâmpadas … do entardecer até de manhã. As lâmpadas eram acesas no entardecer (v. 30.8) e, segundo parece, apagadas de manhã (1Sm 3.3).

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Aleluia!!!

Qual a origem do termo "Hebreu"?

O primeiro testemunho da existência desse termo se encontra nos arquivo do Egito. A palavra ali presente é “khabiri” (na verdade uma palavr...