Estudos Bíblicos

Êxodo (28) Gênesis (50)

Estudo Gênesis 44

Em Gênesis 44, vemos José dando ordens aos seus servos para que abasteçam de maneira generosa as bolsas de carga de seus irmãos, e por fim, que colocassem sua taça de prata na bagagem de Benjamim. José pretendia testar novamente seus irmãos para saber se eles realmente haviam mudado.
Em Gênesis 43, José testou seus irmãos para ver se eles ainda eram controlados pela inveja. Neste capítulo, o teste é mais rigoroso ainda. Eles realmente amavam Benjamim? Eles estavam dispostos a saírem livres e deixá-lo para ser escravo?
O esboço de Gênesis 44 pode ser organizado da seguinte forma:

  • 44.1 – 5: A trama de José
  • 44.6 – 12: A bagagem de Benjamim
  • 44.13 – 17: José humilha seus irmãos
  • 44.18 – 34: A súplica de Judá

A trama de José (Gênesis 44:1-5)
Não era vingança, mas o desejo de conhecer realmente seus irmãos, o verdadeiro motivo por detrás dos planos de José. Ele encenou seu papel corretamente e demonstrou grande força de caráter e autocontrole. Ele teria sido imprudente de se tivesse se revelado aos seus irmãos antes de conhecer o caráter deles.
Várias vezes nas Escrituras somos alertados a não colocarmos a nossa confiança em pessoas que desconhecemos o caráter [Provérbios 11:15]. Aqueles são chamados ao ministério devem ser especialmente provados [I Timóteo 3:6]. Somente as provas podem expor verdadeiramente os corações dos homens [Deuteronômio 8:2].
O sentido do versículo 5 é de alguma maneira discutível. Talvez a palavra “adivinha” fosse usada porque os Egípcios não eram familiarizados com o conceito da verdadeira profecia. Por outro lado, José pode ter ido muito longe ao fingir ser um adivinhador pagão.

A bagagem de Benjamim (Gênesis 44:6-12)
Que desespero os irmãos de José devem ter sentido. Eles sabiam que eram inocentes, mas pareciam sentir que estas provas de alguma forma eram o julgamento de Deus sobre seus antigos pecados. Sem dúvida, José colocou o dinheiro nos sacos para que eles soubessem que Benjamim era inocente. Eles veriam que alguém mais tinha manuseado as sacolas.

José humilha seus irmãos (Gênesis 44:13-17)
Os irmãos foram convencidos de que estas provas eram uma justa retribuição, mesmo sabendo que eram inocentes quanto ao que ocorreu. Eles não culparam Benjamim, mas parecem ter visto a mão de Deus em tudo isso. Paciência sob julgamento é uma obra do verdadeiro arrependimento [Salmo 51:3-4].
No versículo 17 José força a situação e os coloca em um verdadeiro teste. Eles ficariam ao lado de Benjamim arriscando o próprio futuro deles.

A suplica de Judá (Gênesis 44:18-34)
Nenhum advogado faria melhor defesa do que Judá. Martinho Lutero desejava orar para Deus como Judá suplicou diante de José. Para a eloquência de homem e de discursos empolgantes, este discurso é inigualável. Até mesmo o pensamento de causar alguma dor ao seu pai era intolerável para Judá. Ele verdadeiramente era um homem mudado. Ele realmente tornou-se um líder entre os seus irmãos [Gênesis 49:8-12].
Vemos nesta história, que a participação de Judá é uma figura da obra redentora de nosso Senhor Jesus Cristo. Note algumas das grandes verdades do Evangelho que podem ser vistas aqui quando vemos Judá como uma figura de Cristo: Tanto Judá quanto o Senhor Jesus pertenceram a tribo de Judá [Gênesis 49:8-10; Apocalipse 5:5]. É claro que Judá foi o pai da tribo. Judá se tornou uma garantia para o seu irmão mais novo [Gênesis 43:8-9]. O Senhor Jesus se tornou o fiador dos seus irmãos mais novos [Hebreus 7:22 e 2:11; Romanos 8:29]. Judá se tornou uma garantia para o seu pai. Ele aceitou ser responsável por Benjamim e respondeu ao seu pai pela segurança dele. Jesus Cristo se tornou a nossa garantia para o Pai. Ele se responsabilizou por Seu povo. Isto é ilustrado na passagem a respeito do Bom Pastor [João 10:11-14, 28-29]. Judá se tornou uma garantia para Benjamim antes mesmo dele estar envolvido em confusão ou ir ao Egito (que é uma figura do mundo). O Salvador se tornou a nossa garantia antes mesmo que nós nascêssemos neste mundo ou pecássemos [Efésios 1:4; I Pedro 1:18-20]. Judá desceu com seu irmão mais novo para o Egito. Foi lá que Benjamim se viu envolvido em problemas. O Senhor Jesus acompanhou Seu povo para este mundo onde eles necessitariam de redenção [Hebreus 2:11-15]. Judá prontamente assumiu a culpa pelos erros dos seus irmãos [vers. 33]. Jesus Cristo pagou pelos nossos pecados [Isaías 53:6]. Judá intercedeu por seus irmãos baseado na sua própria garantia [vers. 32]. O Senhor Jesus intercede pelo Seu povo baseado na Sua fiança por eles [João 17:6 e 9; Romanos 5:10; 8:33-34]. Judá foi bem sucedido em seus esforços para salvar Benjamim. Jesus Cristo se tornou a nossa garantia, morreu em nosso lugar, e agora vive para interceder por nós. Ele é absolutamente bem sucedido na obra de salvar o Seu povo. Todas as Suas ovelhas serão reunidas em Seu aprisco [João 10:27-29] e todos os filhos se encontrarão no Seu lar [Hebreus 2:10 e 13].

O tempo é uma grande ferramenta nas mãos de Deus. Se nos submetermos a Soberania do Senhor, Ele nos molda dia após dia, até que tenhamos um caráter aprovado.

<Estudo Gênesis 43
Estudo Gênesis 45>

Aleluia!!!

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O primeiro testemunho da existência desse termo se encontra nos arquivo do Egito. A palavra ali presente é “khabiri” (na verdade uma palavr...