Estudos Bíblicos

Êxodo (28) Gênesis (50)

Estudo Gênesis 45

Gênesis 45 contém o clímax de uma das grandes histórias narradas pela Bíblia. A simplicidade do estilo de Moisés tem sido muitas vezes admirada.
Aqui podemos ver a providência de Deus profundamente enfatizada. Nós somos os atores na peça em que Deus é o diretor. A vida de José nos ensina como perdoar aos outros e viver sem frustração e amargura.
Um estudo de Gênesis 45 mostra que diante das palavras e atitude de Judá, José não pode mais conter-se e depois de ordenar que todos saíssem, se revelou aos seus irmãos.
O esboço de Gênesis 45 pode ser organizado da seguinte forma:

    • 45.1 – 4: José se revela aos seus irmãos
    • 45.5 – 8: José dá glória a Deus
    • 45.9 – 15: José envia seus irmãos a Canaã
    • 45.16 – 20: O convite de Faraó
    • 45.21 – 28: A alegria de Israel 


José se revela aos seus irmãos (Gênesis 45:1-4)
A intercessão de Judá revelou a José a mudança do coração dos seus irmãos. Até mesmo o seu próprio coração foi tocado. Ele pediu aos servos que se retirassem para que ele pudesse colocar de lado o protocolo de Estado e conversar em família com seus irmãos. É provável que ele também não queria que seus servos soubessem o que os seus irmãos fizeram no passado [I Pedro 4:8].
Os professores da Bíblia têm comparado esta revelação com a futura revelação de Cristo para a nação Judaica. Os irmãos de José devem ter sentido um grande remorso. Isto não é um símbolo da tristeza que o povo Judeu sentirá na volta de Cristo [Zacarias 12:10]?

José dá glória a Deus (Gênesis 45:5-8)
A soberania de Deus assegura que os caminhos humanos são tão ordenados que o Seu povo é preservado e Seus propósitos realizados. Deus enxerga o futuro e tem tudo preparado de antemão para suprir as nossas necessidades. Mesmo os homens maus, que peca livremente, acabam sendo instrumentos da vontade divina [Salmo 105:16-24; Salmo 76:10; Efésios 1:11]. José não estava de forma nenhuma negando a culpa dos seus irmãos [Gênesis 50:20]. No entanto, quando viu evidências do arrependimento deles, ele se apressou em confortá-los e lembrá-los que mesmo diante da rebelião que eles cometeram, Deus estava trabalhando para o bem deles. Os pecadores arrependidos algumas vezes estão em perigo de serem tomados de “demasiada tristeza” e necessitam ser apropriadamente confortados [II Coríntios 2:7]. Note que José se recusou a levar o crédito pela preservação de Israel. Ele sabia que era apenas um instrumento nas mãos de Deus. O homem deveria sempre atribuir a glória a Deus [Romanos 11:33-36]. O espírito de perdão de José para com os seus irmãos nos ensina uma grande lição: Aqueles que acreditam no plano predestinado de Deus são ajudados a perdoar as más obras que os homens lhes fazem. Quando vemos a mão de Deus trabalhando, mesmo através das más ações dos homens, ficamos sem amargura pelo nosso tratamento [Jó 1:21]. Há outras maneiras de exercer o perdão [Efésios 4:32], mas esta definitivamente faz parte. Note como isto funcionou na vida de Davi [II Samuel 16:5-13].

José envia seus irmãos a Canaã (Gênesis 45:9-15)
José era um homem de atitudes espirituais. E podemos ver isso das seguintes maneiras: José estava consciente da obra e do plano gracioso de Deus para a vida dele. O Egito era um lugar onde Israel poderia ser preservado como nação enquanto crescia e era salvo da fome. Os costumes Egípcios asseguravam que Israel não seria absorvido pela cultura deles [Gênesis 43:32]. José ficou muito alegre em ver a sabedoria de Deus. Alguns crentes parecem enxergar muito pouco da obra maravilhosa de Deus em suas vidas. Note novamente o perdão pleno que José concede aos seus irmãos. Isto requer uma verdadeira espiritualidade.

O convite de Faraó (Gênesis 45:16-20)
Este Faraó é bem diferente daquele com o qual Moisés teria que tratar. Ele era realmente um homem magnânimo e agradecido. Os governantes normalmente se esquecem de antigas bondades. Faraó, no entanto, se lembrou que a salvação do Egito era o resultado das bênçãos de Deus através de José. Por esta razão ele prometeu cuidar de forma generosa da família de José. As maiores riquezas da terra estariam a disposição deles. (Não podemos deixar de comentar e refletir que o coração do Faraó estava nas mãos de Deus. Este aqui mostra compaixão, o outro, que viria mais tarde, mostraria crueldade. Entretanto, ambos foram usados para que Deus abençoasse Israel e glorificasse o Seu nome – Romanos 9:17).

A alegria de Israel (Gênesis 45:21-28)
Para a viagem de volta para casa, eles receberam tudo o que necessitavam e um pouco mais. Acreditamos que em parte isto foi feito para convencer Jacó que a história que seus filhos contariam era verídica. Da mesma maneira, durante a nossa jornada para encontrarmos com o Senhor Jesus, Deus providencia tudo necessário para o nosso sustento. Deus até mesmo nos dá alguns presentes que asseguram as nossas futuras bênçãos [Efésios 1:13-14].
Não há duvidas de que o conselho de José no versículo 24 era necessário. Talvez eles temessem expor os seus antigos erros e começassem a brigar entre si, tentando jogar a culpa um no outro diante de seu pai antes que ele descobrisse os fatos acerca de José. Que cena magnífica. O velho Jacó é incapaz de crer de tanta alegria, e ele somente é convencido quando ouve toda a história e vê os carros enviados do Egito. Ele então sente que quando visse José a sua vida estaria completa.
Graciosamente, não vemos aqui nenhum relato de Jacó repreendendo os seu filhos por venderem José. Eles tinham se arrependido e se reconciliado com ele. Que necessidade havia de relembrar seus antigos pecados? Vamos aprender com Jacó a deixar os esqueletos no armário. Note que nem mesmo José mencionava os pecados deles. Os Egípcios nunca souberam do crime que eles cometeram [I Pedro 4:8].
Note como Jacó é mencionado por este nome no versículo 25, e por Israel no versículo 28. No momento em que sua fé é renovada, ele percebe que é verdadeiramente abençoado por ser um “príncipe” com Deus. Nós também somos “Jacós” por natureza, mas através da graça reinaremos com Cristo.

Devemos estar atentos à vida de José, principalmente no que se refere ao tratamento das pessoas conosco. Há muitas situações que fazem parte do plano de Deus para nossas vidas, mesmo as mais repugnantes são utilizadas por Ele para propósitos maiores e fantásticos. Entendendo isso, podemos perdoar, ser livres e abertos as possibilidades do Senhor para agir.

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Aleluia!!!

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