Os egípcios eram extremamente preocupados com a vida religiosa, por isso os deuses egípcios influenciavam em todas as esferas da vida social do Egito Antigo.
Representados com cabeças de animal sobre corpos humanos, os antigos deuses egípcios dominavam todos os aspectos da vida no Egito, tanto da realeza quanto das pessoas comuns.
A cultura do antigo Egito baseava-se na crença de um panteão dessas criaturas estranhas que eram adoradas pelo povo. As mais de 1500 divindades explicavam a criação do mundo, representavam as formas da natureza e outros aspectos da vida.
Para você compreender o politeísmo egípcio, ou seja, o culto a vários deuses, faz-se necessário esclarecer algumas características da sociedade egípcia. O governo no Egito Antigo era teocrático: os administradores governavam em nome dos deuses (da religiosidade). O principal governante do Egito, ou das cidades-estados, era chamado de faraó: ele possuía todo o poder (assumia várias funções: era o rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general) e era tido como um deus vivo: filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação de Hórus (deus falcão). Portanto, a religiosidade e o culto aos deuses no Egito Antigo tinham um grande significado para a sociedade.
Os egípcios cultuavam vários deuses (politeístas) e alguns deuses eram animais. Por exemplo: o gato acabava com as infestações de ratos nos celeiros com os mantimentos; o cachorro auxiliava na caça; o gado, na agricultura (puxava a charrua), entre outros.
Os animais no Egito Antigo eram considerados a encarnação dos próprios deuses. Os egípcios também adoravam as formas e forças da natureza, como o rio Nilo, o Sol, a Lua e o vento.
Cada cidade-estado egípcia possuía o seu deus protetor. Existiam deuses com formato de animal (zoomorfismo), outros deuses tinham o formato de homem juntamente com animal (corpo de homem e cabeça de animal – antropozoomorfismo) e também existiam deuses somente com o formato humano (antropomorfismo).
A religiosidade tinha importância para os egípcios até após a morte, pois eles acreditavam na imortalidade. Por esses motivos cultuavam os mortos e praticavam a mumificação (a conservação dos corpos). Acreditavam que o ser humano era constituído por Ká (corpo) e Rá (alma). No momento da morte, a alma deixaria o corpo, mas poderia continuar a viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá – a volta da alma para o corpo dependia do julgamento no Tribunal de Osíris.
Após o julgamento de Osíris, se a alma retornasse ao corpo, o morto voltaria à vida no reino de Osíris; se não, a alma ficaria no reino de Amon-Rá. Daí a importância da conservação dos corpos pela mumificação, se a alma retornasse ao corpo, este não estaria decomposto.
Principais deuses egípcios:
Ámon era considerado o reis dos deuses e deusas do Egito. Esse deus era geralmente representado em uma forma humana, mas às vezes também era retratado com cabeça do carneiro.
Ámon fazia parte da “Tríade Tebana”, junto com Mut e seu descendente Khonsu, o deus da lua. Como muitos outros antigos deuses egípcios que foram assimilados com suas versões regionais, Amon foi fundido com Ra, se tornando Ámon-Ra. Este permaneceu como o deus principal durante todo o período do antigo Egito.
Mut, que significa “mãe” na língua egípcia, era uma dos principais deuses tebanos, esposa de Amon e mãe de Khonsu.
Venerada como a grande mãe divina, Mut era geralmente descrita como uma mulher usando duas coroas na cabeça, representando o Alto e o Baixo Egito. Às vezes ela também era retratada com a cabeça ou corpo de um abutre, ou como uma vaca, pois posteriormente ela se fundiu com Hator, outra grande mãe divina que era geralmente representada como uma mulher com rosto e chifres de vaca.
Osíris (Nilo) é adorado no Egito como o deus da vida após a morte, visto que os egípcios acreditam na continuação da vida em outro plano. Osíris era também o deus da vegetação, simbolizando a renovação e crescimento, e tomava conta da fertilidade ao redor das margens do Nilo.
Ele era considerado o filho mais velho do deus da terra Zeb com a deusa do céu Nut. Osíris se casou com sua irmã Ísis, e foi assassinado por seu próprio irmão Seth. Porém, usando de mágica, Ísis conseguiu trazê-lo de volta a vida.
Hórus, seu filho com Ísis, foi o responsável por vingar sua morte. Seu herdeiro se tornou então o novo rei do Egito, enquanto Osíris desceu ao submundo, se tornando juíz e deus dos mortos, auxiliado a vida após a morte dos faraós e até mesmo da população.
Seth era o deus do deserto e das tempestades, que mais tarde também foi associado ao caos e à escuridão. Ele era descrito como um homem com cabeça de cão e cauda bifurcada, mas às vezes ele também era representado como porco, crocodilo, escorpião ou hipopótamo.
Seth também é um dos principais personagens da lenda de Osíris e Ísis e, como resultado da crescente popularidade do culto à Osíris, Seth foi demonizado e suas imagens foram removidas dos templos. No entanto, em algumas partes do antigo Egito ele continuou a ser adorado como uma das principais divindades.
Ísis era a deusa da fertilidade, mãe de Hórus e esposa e irmã de Osíris. Ísis era retratada como uma mulher segurando o símbolo Ankh na mão, às vezes com um corpo feminino e cabeça e chifres de vaca.
Quando seu marido foi assassinado por seu irmão Seth, ela recolheu as partes do corpo de seu corpo e as uniu enrolando em bandagens, dando início à antiga prática egípcia de mumificar os mortos.
Ao trazer Osíris de volta à vida, Ísis também introduziu o conceito de ressurreição, que influenciou muitas religiões, incluindo o cristianismo.
Hórus era um dos mais importantes deuses egípcios antigos, filho de Osíris e Ísis. De acordo com o famoso mito, ele vingou o assassinato de seu pai, matando seu tio Seth e se tornando o novo rei do Egito.
Também adorado como o deus da luz e do céu, Hórus era geralmente descrito como uma criatura masculina com cabeça de falcão, usando uma coroa branca e vermelha.
Os antigos faraós egípcios legitimavam seus governos se apresentando para o povo como o Hórus encarnado.
Anúbis era um deus com cabeça de chacal e corpo de homem, que era responsável pelo reino dos mortos antes do assassinato de Osíris. Esse deus era conhecido por mumificar os mortos e orientar suas almas para a vida pós-morte.
Anúbis era descendente de Ra e Néftis, e era representado com um tom de pele preto, simbolizando os depósitos escuros do Nilo, que garantiam o sucesso do cultivo no Egito.
Essa divindade também simbolizava a renascença e a coloração dos cadáveres após o embalsamamento, e participava da cerimônia de "Ponderação do Coração", que decidia o destino dos falecidos de acordo com seus atos em vida.
Rá era o deus do sol e uma das mais importantes divindades egípcias antigas. Ele também foi associado à construção de pirâmides e à ressurreição dos faraós. Esse deus simbolicamente nascia todas as manhãs com o nascer do sol, e morria com cada pôr-do-sol, iniciando sua jornada para o submundo.
Rá era estreitamente associado à Hórus e, assim como ele, era geralmente retratado como um homem com cabeça de falcão. No entanto, em vez de uma coroa branca e vermelha, Ra possuía um disco solar em sua cabeça.
Muitos antigos deuses egípcios foram fundidos com Rá, e muitos foram criados por ele, como alguns dos seus rivais Ptah e Apep.
O deus da sabedoria, escrita e magia era frequentemente retratado como um homem com cabeça de íbis ou de babuíno. Thoth era o escriba do submundo, mestre das leis físicas e divinas, que mantinha a biblioteca dos deuses. Ele escreveu os feitiços em “O Livro dos Mortos” e “O Livro de Thoth”, que continha os segredos do universo.
Thoth era considerado o deus mais instruído da história antiga, e também desempenhou um papel importante em muitos mitos egípcios, agindo como um árbitro entre as forças do bem e do mal.
Hator era a deusa associada à dança e à música, mas também era conhecida como a Senhora do Céu, da Terra e do Submundo. Ela era muito popular entre os antigos egípcios e era vista como sábia, gentil e afetuosa tanto para os vivos quanto para os mortos.
Ela protegia as mulheres durante a gravidez e o parto, e também era adorada como deusa da fertilidade. Hator foi mais frequentemente retratada como uma mulher com cabeça ou chifres de vaca.
Sekhmet era a deusa da guerra que era descrita como a deusa com cabeça de leão. Ela era conhecida como “A Poderosa”, que destruiu os inimigos de Rá e ajudava os faraós contra seus oponentes.
Sekhmet também estava associada à medicina e à saúde. Seu retrato de mulher leoa ou com cabeça de leão frequentemente incluía o disco solar, um símbolo da realeza e autoridade divina dos faraós egípcios.
Wadjet era a protetora do faraó, o Hórus vivo. Ela era retratada como uma cobra naja e sua imagem era frequentemente incluída na insígnia real, como um símbolo de soberania sobre o Egito.
Segundo a mitologia, Wadjet estava sempre pronta para atacar qualquer potencial inimigo do faraó. Às vezes ela também era descrita como uma mulher com duas cabeças de cobra. Nas representações de Wadjet também era utilizado o disco solar, um emblema utilizado nas coroas dos antigos governantes do Egito.
Maat era a deusa da verdade, justiça, moralidade, ordem e harmonia. Ela simbolizava o equilíbrio natural do universo, sendo o oposto do caos.
A cerimônia da “Pesagem do Coração”, conforme descrita no Livro dos Mortos, ocorria no Salão de Maat. Ela era tipicamente retratada como uma mulher com uma pena de avestruz na cabeça.
Bastet era uma deusa felina, representada como um gato ou uma mulher com cabeça de gato. Ela era a filha do deus do sol Rá e estava intimamente associada ao gato doméstico.
Bastet era adorada por sua natureza maternal e protetora e era frequentemente pintada cercada por gatos. Porém, também se acreditava que ela era feroz quando necessário, pois os gatos conseguiam matar as cobras, uma das criaturas mais mortais do antigo Egito.
Heqet, também e considerada a deusa dos partos e da ressureição, sua aparência anfíbia denúncia seu forte vínculo com a água. A deusa rã e uma das mais antigas de toda a mitologia egípcia, sendo que seus hieróglifos são encontrados em pirâmides por todo o Egito.
O MITO DA CRIAÇÃO
Separação de deuses irmãos marca origem do mundo dos humanos
mito Criação Egípcios
1. Os primeiros filhos de Rá foram Shu (deus do ar) e Tefnut (deusa da umidade). Como é comum nessa mitologia, os irmãos formaram um casal e tiveram como filhos Geb (deus da terra) e Nut (deusa dos céus). Ao nascer, os netos de Rá se juntaram num abraço, formando outro casal.
2. Rá não gostou muito dessa história e ordenou a Shu que ele separasse os filhos. Este empurrou Nut para cima e pressionou Geb para baixo. Enquanto Nut se tornava o céu que cobre o mundo, Geb virou a terra em que vivemos. E Shu permaneceu entre os filhos, representando o ar que as pessoas respiram.
JULGAMENTO FINAL
O “inferno” para os egípcios era ser devorado por um deus após a morte
julgamento egípcio
1. Toda pessoa ao morrer era recebida pelo deus Anúbis. Ele tinha a missão de pesar o coração dos mortos em uma balança, uma espécie de avaliação de como a pessoa havia se comportado em vida.
2. Após ter o coração pesado, o morto era encaminhado para um julgamento final perante Osíris, que o questionava sobre diversas passagens da vida. Nessa conversa, Osíris podia até aliviar a barra de quem tivesse o coração “reprovado na balança”.
3. Os aprovados viveriam para sempre em um paraíso similar à Terra na companhia dos deuses. Os reprovados eram devorados por Amnut, deusa representada pelos três animais mais temidos no Egito: ela tinha cabeça de crocodilo e corpo com partes de leão e de hipopótamo.
Representados com cabeças de animal sobre corpos humanos, os antigos deuses egípcios dominavam todos os aspectos da vida no Egito, tanto da realeza quanto das pessoas comuns.
A cultura do antigo Egito baseava-se na crença de um panteão dessas criaturas estranhas que eram adoradas pelo povo. As mais de 1500 divindades explicavam a criação do mundo, representavam as formas da natureza e outros aspectos da vida.
Para você compreender o politeísmo egípcio, ou seja, o culto a vários deuses, faz-se necessário esclarecer algumas características da sociedade egípcia. O governo no Egito Antigo era teocrático: os administradores governavam em nome dos deuses (da religiosidade). O principal governante do Egito, ou das cidades-estados, era chamado de faraó: ele possuía todo o poder (assumia várias funções: era o rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general) e era tido como um deus vivo: filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação de Hórus (deus falcão). Portanto, a religiosidade e o culto aos deuses no Egito Antigo tinham um grande significado para a sociedade.
Os egípcios cultuavam vários deuses (politeístas) e alguns deuses eram animais. Por exemplo: o gato acabava com as infestações de ratos nos celeiros com os mantimentos; o cachorro auxiliava na caça; o gado, na agricultura (puxava a charrua), entre outros.
Os animais no Egito Antigo eram considerados a encarnação dos próprios deuses. Os egípcios também adoravam as formas e forças da natureza, como o rio Nilo, o Sol, a Lua e o vento.
Cada cidade-estado egípcia possuía o seu deus protetor. Existiam deuses com formato de animal (zoomorfismo), outros deuses tinham o formato de homem juntamente com animal (corpo de homem e cabeça de animal – antropozoomorfismo) e também existiam deuses somente com o formato humano (antropomorfismo).
A religiosidade tinha importância para os egípcios até após a morte, pois eles acreditavam na imortalidade. Por esses motivos cultuavam os mortos e praticavam a mumificação (a conservação dos corpos). Acreditavam que o ser humano era constituído por Ká (corpo) e Rá (alma). No momento da morte, a alma deixaria o corpo, mas poderia continuar a viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá – a volta da alma para o corpo dependia do julgamento no Tribunal de Osíris.
Após o julgamento de Osíris, se a alma retornasse ao corpo, o morto voltaria à vida no reino de Osíris; se não, a alma ficaria no reino de Amon-Rá. Daí a importância da conservação dos corpos pela mumificação, se a alma retornasse ao corpo, este não estaria decomposto.
Principais deuses egípcios:
Ámon era considerado o reis dos deuses e deusas do Egito. Esse deus era geralmente representado em uma forma humana, mas às vezes também era retratado com cabeça do carneiro.
Ámon fazia parte da “Tríade Tebana”, junto com Mut e seu descendente Khonsu, o deus da lua. Como muitos outros antigos deuses egípcios que foram assimilados com suas versões regionais, Amon foi fundido com Ra, se tornando Ámon-Ra. Este permaneceu como o deus principal durante todo o período do antigo Egito.
Mut, que significa “mãe” na língua egípcia, era uma dos principais deuses tebanos, esposa de Amon e mãe de Khonsu.
Venerada como a grande mãe divina, Mut era geralmente descrita como uma mulher usando duas coroas na cabeça, representando o Alto e o Baixo Egito. Às vezes ela também era retratada com a cabeça ou corpo de um abutre, ou como uma vaca, pois posteriormente ela se fundiu com Hator, outra grande mãe divina que era geralmente representada como uma mulher com rosto e chifres de vaca.
Osíris (Nilo) é adorado no Egito como o deus da vida após a morte, visto que os egípcios acreditam na continuação da vida em outro plano. Osíris era também o deus da vegetação, simbolizando a renovação e crescimento, e tomava conta da fertilidade ao redor das margens do Nilo.
Ele era considerado o filho mais velho do deus da terra Zeb com a deusa do céu Nut. Osíris se casou com sua irmã Ísis, e foi assassinado por seu próprio irmão Seth. Porém, usando de mágica, Ísis conseguiu trazê-lo de volta a vida.
Hórus, seu filho com Ísis, foi o responsável por vingar sua morte. Seu herdeiro se tornou então o novo rei do Egito, enquanto Osíris desceu ao submundo, se tornando juíz e deus dos mortos, auxiliado a vida após a morte dos faraós e até mesmo da população.
Seth era o deus do deserto e das tempestades, que mais tarde também foi associado ao caos e à escuridão. Ele era descrito como um homem com cabeça de cão e cauda bifurcada, mas às vezes ele também era representado como porco, crocodilo, escorpião ou hipopótamo.
Seth também é um dos principais personagens da lenda de Osíris e Ísis e, como resultado da crescente popularidade do culto à Osíris, Seth foi demonizado e suas imagens foram removidas dos templos. No entanto, em algumas partes do antigo Egito ele continuou a ser adorado como uma das principais divindades.
Ísis era a deusa da fertilidade, mãe de Hórus e esposa e irmã de Osíris. Ísis era retratada como uma mulher segurando o símbolo Ankh na mão, às vezes com um corpo feminino e cabeça e chifres de vaca.
Quando seu marido foi assassinado por seu irmão Seth, ela recolheu as partes do corpo de seu corpo e as uniu enrolando em bandagens, dando início à antiga prática egípcia de mumificar os mortos.
Ao trazer Osíris de volta à vida, Ísis também introduziu o conceito de ressurreição, que influenciou muitas religiões, incluindo o cristianismo.
Hórus era um dos mais importantes deuses egípcios antigos, filho de Osíris e Ísis. De acordo com o famoso mito, ele vingou o assassinato de seu pai, matando seu tio Seth e se tornando o novo rei do Egito.
Também adorado como o deus da luz e do céu, Hórus era geralmente descrito como uma criatura masculina com cabeça de falcão, usando uma coroa branca e vermelha.
Os antigos faraós egípcios legitimavam seus governos se apresentando para o povo como o Hórus encarnado.
Anúbis era um deus com cabeça de chacal e corpo de homem, que era responsável pelo reino dos mortos antes do assassinato de Osíris. Esse deus era conhecido por mumificar os mortos e orientar suas almas para a vida pós-morte.
Anúbis era descendente de Ra e Néftis, e era representado com um tom de pele preto, simbolizando os depósitos escuros do Nilo, que garantiam o sucesso do cultivo no Egito.
Essa divindade também simbolizava a renascença e a coloração dos cadáveres após o embalsamamento, e participava da cerimônia de "Ponderação do Coração", que decidia o destino dos falecidos de acordo com seus atos em vida.
Rá era o deus do sol e uma das mais importantes divindades egípcias antigas. Ele também foi associado à construção de pirâmides e à ressurreição dos faraós. Esse deus simbolicamente nascia todas as manhãs com o nascer do sol, e morria com cada pôr-do-sol, iniciando sua jornada para o submundo.
Rá era estreitamente associado à Hórus e, assim como ele, era geralmente retratado como um homem com cabeça de falcão. No entanto, em vez de uma coroa branca e vermelha, Ra possuía um disco solar em sua cabeça.
Muitos antigos deuses egípcios foram fundidos com Rá, e muitos foram criados por ele, como alguns dos seus rivais Ptah e Apep.
O deus da sabedoria, escrita e magia era frequentemente retratado como um homem com cabeça de íbis ou de babuíno. Thoth era o escriba do submundo, mestre das leis físicas e divinas, que mantinha a biblioteca dos deuses. Ele escreveu os feitiços em “O Livro dos Mortos” e “O Livro de Thoth”, que continha os segredos do universo.
Thoth era considerado o deus mais instruído da história antiga, e também desempenhou um papel importante em muitos mitos egípcios, agindo como um árbitro entre as forças do bem e do mal.
Hator era a deusa associada à dança e à música, mas também era conhecida como a Senhora do Céu, da Terra e do Submundo. Ela era muito popular entre os antigos egípcios e era vista como sábia, gentil e afetuosa tanto para os vivos quanto para os mortos.
Ela protegia as mulheres durante a gravidez e o parto, e também era adorada como deusa da fertilidade. Hator foi mais frequentemente retratada como uma mulher com cabeça ou chifres de vaca.
Sekhmet era a deusa da guerra que era descrita como a deusa com cabeça de leão. Ela era conhecida como “A Poderosa”, que destruiu os inimigos de Rá e ajudava os faraós contra seus oponentes.
Sekhmet também estava associada à medicina e à saúde. Seu retrato de mulher leoa ou com cabeça de leão frequentemente incluía o disco solar, um símbolo da realeza e autoridade divina dos faraós egípcios.
Wadjet era a protetora do faraó, o Hórus vivo. Ela era retratada como uma cobra naja e sua imagem era frequentemente incluída na insígnia real, como um símbolo de soberania sobre o Egito.
Segundo a mitologia, Wadjet estava sempre pronta para atacar qualquer potencial inimigo do faraó. Às vezes ela também era descrita como uma mulher com duas cabeças de cobra. Nas representações de Wadjet também era utilizado o disco solar, um emblema utilizado nas coroas dos antigos governantes do Egito.
Maat era a deusa da verdade, justiça, moralidade, ordem e harmonia. Ela simbolizava o equilíbrio natural do universo, sendo o oposto do caos.
A cerimônia da “Pesagem do Coração”, conforme descrita no Livro dos Mortos, ocorria no Salão de Maat. Ela era tipicamente retratada como uma mulher com uma pena de avestruz na cabeça.
Bastet era uma deusa felina, representada como um gato ou uma mulher com cabeça de gato. Ela era a filha do deus do sol Rá e estava intimamente associada ao gato doméstico.
Bastet era adorada por sua natureza maternal e protetora e era frequentemente pintada cercada por gatos. Porém, também se acreditava que ela era feroz quando necessário, pois os gatos conseguiam matar as cobras, uma das criaturas mais mortais do antigo Egito.
Heqet, também e considerada a deusa dos partos e da ressureição, sua aparência anfíbia denúncia seu forte vínculo com a água. A deusa rã e uma das mais antigas de toda a mitologia egípcia, sendo que seus hieróglifos são encontrados em pirâmides por todo o Egito.
O MITO DA CRIAÇÃO
Separação de deuses irmãos marca origem do mundo dos humanos
mito Criação Egípcios
1. Os primeiros filhos de Rá foram Shu (deus do ar) e Tefnut (deusa da umidade). Como é comum nessa mitologia, os irmãos formaram um casal e tiveram como filhos Geb (deus da terra) e Nut (deusa dos céus). Ao nascer, os netos de Rá se juntaram num abraço, formando outro casal.
2. Rá não gostou muito dessa história e ordenou a Shu que ele separasse os filhos. Este empurrou Nut para cima e pressionou Geb para baixo. Enquanto Nut se tornava o céu que cobre o mundo, Geb virou a terra em que vivemos. E Shu permaneceu entre os filhos, representando o ar que as pessoas respiram.
JULGAMENTO FINAL
O “inferno” para os egípcios era ser devorado por um deus após a morte
julgamento egípcio
1. Toda pessoa ao morrer era recebida pelo deus Anúbis. Ele tinha a missão de pesar o coração dos mortos em uma balança, uma espécie de avaliação de como a pessoa havia se comportado em vida.
2. Após ter o coração pesado, o morto era encaminhado para um julgamento final perante Osíris, que o questionava sobre diversas passagens da vida. Nessa conversa, Osíris podia até aliviar a barra de quem tivesse o coração “reprovado na balança”.
3. Os aprovados viveriam para sempre em um paraíso similar à Terra na companhia dos deuses. Os reprovados eram devorados por Amnut, deusa representada pelos três animais mais temidos no Egito: ela tinha cabeça de crocodilo e corpo com partes de leão e de hipopótamo.