Estudos Bíblicos

Êxodo (28) Gênesis (50)

Estudo Êxodo 22

Em Êxodo 22, vemos as leis acerca da proteção aos bens. Como veremos no estudo de Êxodo 22, o Senhor Deus dá várias instruções com o objetivo de garantir que o israelita tivesse tranquilidade em produzir sem se preocupar com a segurança do seu patrimônio. Leis civis e religiosas também foram estabelecidas por Deus a fim de manter a ordem no meio do Seu povo. Como Legislador e Rei de Israel, o Senhor imprimiu em cada lei a Sua justiça. As leis sobre a propriedade revelam o zelo de Deus não somente para com a vítima, mas também para com o acusado.
Um esboço de Êxodo 22 pode ser feito da seguinte forma:
  • 22.1 – 6: Leis judiciais – Parte 1
    • 22.7 – 15: Leis judiciais – Parte 2
    • 22.16 – 24: Leis judiciais – Parte 3
    • 22.25 – 31: Leis judiciais – Parte 4 

Leis judiciais – Parte 1 (Êxodo 22:1-6)
Assim como o roubo nos EUA, no século 19, era muitas vezes punido com o enforcamento (pois havia uma grande perda sofrida pela vítima), a subtração de um boi ou uma ovelha também acarretava pesadas penalidades. Geralmente, a indenização era maior do que o valor do próprio animal.
Em Israel, o tamanho do rebanho é que determinava a riqueza adquirida. Aquele que roubasse do seu vizinho, fazia não só a restituição daquilo que fora roubado, como pagava também pelo tempo e pelos transtornos causados na devolução. O boi, sendo necessário para o uso do arado e no trabalho da fazenda, exigia uma restituição mais alta se viesse a ser roubado, pois o dono perdia não somente o seu animal como também o seu meio de ter uma safra. Os desonestos eram ensinados de que o "crime não compensa".
A lei também regulava o tratamento devido aos ladrões. O ladrão morto durante um roubo noturno, não era vingado. A autodefesa era permitida e a escuridão iria mascarar a identidade do ladrão, fazendo assim improvável a sua captura.
Ao proprietário, no entanto, não era permitido a vingança. Eles não podiam matar um homem pego no ato do roubo durante o dia, pois poderia identificar o ladrão. O ladrão, neste caso, poderia ser preso pelas autoridades constituídas. Eles também não poderiam perseguir e matar o ladrão. Ele deveria ser capturado e sentenciado a fazer uma restituição legal. Caso o ladrão ainda estivesse em posse dos animais roubados, isto seria descontado da restituição, pois a devolução dos animais era mais simples. Estas leis são um modelo de justiça e moderação.
Nossa sociedade faria bem em considerar as leis civis de Israel. A restituição é um preceito faltando em nosso código civil. Nós impomos longos anos de sentença, que não recompensam as vítimas dos crimes, e oneram ainda mais os contribuintes. Em Israel, ou o criminoso pagava pelos seus roubos ou seria vendido como trabalhador, pra que a restituição pudesse ser feita. Ainda que estas leis específicas não pudessem ser aplicadas numa sociedade urbana, elas poderiam facilmente ser modificadas e adaptadas para qualquer situação.
A restituição também era imposta quando alguém permitia que seu rebanho pastasse em um campo que não fosse o próprio (v. 5); quando um indivíduo causasse um incêndio que prejudicasse as plantas e a colheita de outrem (v. 6).

Leis judiciais – Parte 2 (Êxodo 22:7-15)
Quando posses e mercadorias fossem deixadas aos cuidados de terceiros e estas desaparecessem em circunstâncias suspeitas (v. 7,8). Como nas leis anteriores, a restituição era feita, acreditamos que cada uma dessas sentenças foi o resultado de casos específicos de queixas levadas até Moisés para que este proferisse uma resposta vinda de Deus.
Em alguns casos de má administração, um juramento diante do Senhor era aceito como testemunho de inocência. Em outras situações, requeria-se uma restituição, a.menos que se provasse que a perda se dera em circunstâncias que fugiam ao controle do responsável pela segurança do animal.O empréstimo também tinha as suas consequências, da mesma forma que acontece hoje em dia. Entretanto, se algo fosse perdido ou danificado na presença do dono do bem, não haveria a necessidade de restituição.
Estas leis são auto-explicativas. Note que o juramento em todas as nações é um reconhecimento do poder, conhecimento e justiça final de Deus.

Leis judiciais – Parte 3 (êxodo 22:16-24)
Deitar-se com uma mulher virgem sem o compromisso do casamento era considerado uma afronta grave. Logo, o homem deveria pagar o preço de seu dote e casar-se com ela (com a permissão do pai). Esta penalidade visava desencorajar o comportamento negligente dos rapazes.
A Bíblia não registra nenhuma execução de feiticeiros, mas relata as mortais consequências da falsa adoração (Êx 32; Nm 25). Numa Teocracia a prática de magia ou feitiçaria era um pecado contra Deus e uma traição ao estado. Aqueles que na antiga América queimavam as bruxas, estavam tentando dar continuidade a esta teocracia através de uma união não bíblico da igreja com o estado. Eles não entenderam a diferença entre Israel e a Igreja do Novo Testamento.
 Uma preocupação em particular foi expressa a respeito das viúvas e dos órfãos, pois eram pessoas desamparadas. Assim, aqueles que poderiam vir a ser seus potenciais molestadores precisavam ficar cientes de que não sairiam impunes, pois Deus estava do lado mais fraco. A afirmação eles clamaram a mim e a consequência desse clamor demonstram o quão importantes para o Senhor eram os oprimidos. Isso é corroborado pela declaração minha ira se acenderá. Ninguém em perfeito juízo provocaria a ira divina. A destruição do ofensor colocaria a sua própria família em igual condição de desamparo. A questão que envolve o modo de tratar as viúvas e os órfãos se configura um tema importante da moralidade pública e privada no pensamento bíblico.

Leis judiciais – Parte 4 (Êxodo 22:25-31)
Deus também teve uma preocupação especial com os pobres de Israel. Estes não deveriam ficar sujeitos às práticas abusivas dos agiotas e tampouco ter as posses de que necessitavam para sobreviver confiscadas como garantia. Concluindo este versículo, o Senhor declara por que é certo e apropriado para aquele em desgraça clamar por Ele. Deus diz: sou misericordioso, antecipando a grande revelação de Seu caráter compassivo a Moisés em Êxodo 34.6,7.
A ninguém era permitido tirar vantagem do pobre por meio de juros nos empréstimos feitos á eles (Neemias 5:1-7). Uma pessoa pobre poderia dar a sua capa como penhora de uma dívida. Pelo fato do pobre usar a suas vestes como coberta ao dormir, o credor deveria devolvê-la todas as noites. Ao mesmo tempo que isto protegia o pobre do frio e do sofrimento, criava uma situação de constrangimento que assegurava de que o débito seria pago o mais cedo possível.
Os juízes não amaldiçoarás. A mesma honra dada a Deus, o soberano Rei, tinha de ser devida aos Seus representantes. Então, blasfemar contra um juiz ou um príncipe, proferindo maldição, representava um desrespeito à autoridade divina.
A oferta dos primeiros frutos e a apresentação dos primogênitos ao Senhor deveriam ser feitas prontamente. Os filhos tinham de ser consagrados a Deus (Êx 13.11-16) no oitavo dia. Este ato lembrava os israelitas de que tudo o que eles possuíam era um presente do Senhor. Que possamos aprender a oferecer as primícias e o melhor á Deus. O melhor do nosso tempo, talento e posses.
A ordem ser-me-eis homens santos demonstra que Israel foi separada pelo Senhor das outras nações, considerada povo de Deus (Êx 19.5,6). Em virtude disso, foi-lhe exigido não comereis carne despedaçada no campo. Provavelmente, tal alimento não podia ser consumido porque todo o sangue ainda não tinha se esvaído da carne. A ingestão de sangue tornava a pessoa impura (Lv 7.24-27).
Os Israelitas não deveriam comer sangue e, portanto, deveriam evitar consumir algo que fosse inapropriadamente abatido. O cuidado deles em se manter cerimonialmente puros, é uma figura da necessidade de nos mantermos espiritualmente e moralmente puros.

Os estatutos, decretos e leis de Deus não impõem ordens absurdas ou hostis. Neles encontramos o Seu desejo em que o Seu povo se mantenha no contexto de uma sociedade organizada e decente. Apesar de serem leis que foram criadas especificamente para o antigo Israel, podemos extrair algumas aplicações de grande relevância para os nossos dias. Inquestionavelmente, Deus preza pela honestidade nos negócios e detesta o roubo e a corrupção. O verdadeiro cristão deve ser zeloso quanto à administração dos seus bens e jamais deve manter relações ilícitas ou duvidosas. Todo aquele que tem o Senhor como Sócio Majoritário percebe que o maior lucro é uma vida ilibada e uma reputação de confiança. Louvamos e honramos a Deus quando somos transparentes em nossos negócios.

<Estudo Êxodo 21
Estudo Êxodo 23>

Aleluia!!!

Qual a origem do termo "Hebreu"?

O primeiro testemunho da existência desse termo se encontra nos arquivo do Egito. A palavra ali presente é “khabiri” (na verdade uma palavr...